SAÚDE

HIV: SUS vai incorporar três novos antirretrovirais mais potentes e adequado a crianças

O Ministério da Saúde tem um prazo de até 180 dias para efetivar a oferta dos medicamentos no SUS

Novos medicamentos gratuitos para o tratamento do HIV serão disponibilizados pelo SUS - Freepik

Na quarta-feira (5) o Ministério da Saúde incluiu três novos antirretrovirais na lista de tratamentos oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à pessoas portadoras do vírus HIV. São eles o Darunavir (800 mg), o Dolutengravir (5 mg) e o Raltengravir (100 mg, granulado). De acordo com a portaria publicada, a pasta ministerial tem até 180 dias para implementar a distribuição das medicações no SUS.

Segundo o Ministério, Os fármacos são essenciais para que o enfraquecimento do sistema imunológico seja evitado em pessoas que vivem com o retrovírus. Os antirretrovirais funcionam como uma barreira para diminuir as chances de infecções e internação.

“A incorporação dos novos medicamentos no SUS tem como objetivo ampliar o elenco de antirretrovirais disponíveis, ofertando para as pessoas vivendo com HIV/aids, medicamentos com formulação mais adequada às crianças, com maior comodidade posológica, maior potência e com menor toxicidade. A disponibilização dos medicamentos vai proporcionar maior adesão ao tratamento e melhoria na qualidade de vida dos pacientes”, explicou Beatriz Kamiensky, especialista do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Descrição dos fármacos conforme a portaria ministerial:
O Darunavir 800 mg é destinado a pacientes vivendo com HIV, em falha virológica ao esquema de primeira linha (primeiros medicamentos usados) e sem mutações que indiquem resistência ao fármaco.

O Dolutegravir 5 mg é indicado como tratamento complementar ou substituto em crianças de dois meses a seis anos de idade. O medicamento se apresenta em forma de comprimidos dispersíveis.

Já o Raltengravir 100mg, granulado, está indicado para profilaxia da transmissão vertical em crianças com alto risco de exposição ao HIV. Considera-se de alto risco todas as crianças nascidas de mães que vivem com HIV e devem receber antirretroviral (ARV) como medida profilática para transmissão vertical. A criança é classificada em alto ou baixo risco de exposição, de acordo com critérios já estabelecidos em protocolos e diretrizes terapêuticas.