Confira os 23 sintomas associados ao câncer de pâncreas comprovados por estudo
Pesquisadores da Universidade de Oxford listaram os principais sinais de alerta do tumor maligno
Pesquisadores da Universidade de Oxford identificaram 23 sintomas associados ao câncer de pâncreas. O levantamento mostrou que os pacientes normalmente apresentam sintomas até um ano antes de receberem o diagnóstico da doença e, no caso de sinais alarmantes, até três meses antes da descoberta do tumor.
Quais os primeiros sinais de câncer no pâncreas?
O câncer de pâncreas não costuma dar sintomas quando está no início. No entanto, há alguns sinais de alerta, como:
Pele amarelada (icterícia);
Urina escura (colúria);
Fadiga;
Falta de apetite;
Perda de peso;
Dor em abdômen superior e costas.
Pele amarelada (icterícia) e sangramento no estômago ou intestino são os dois sintomas graves mais associados ao diagnóstico de adenocarcinoma ductal pancreático (ADP), o tipo mais comum de câncer de pâncreas, e nos tumores neuroendócrinos pancreáticos (TNE-P), a forma mais rara de câncer pancreático. Além disso, os pesquisadores identificaram a sede e a urina escura como sintomas previamente
Os 23 sintomas ligados ao câncer de pâncreas ADP são:
Pele amarelada;
Sangramento no estômago ou intestino;
Problemas para engolir;
Diarreia;
Alteração do hábito intestinal;
Vômitos;
Indigestão
Massa abdominal;
Dor abdominal;
Perda de peso;
Prisão de ventre;
Gordura nas fezes;
Inchaço abdominal;
Náusea;
Flatulência;
Azia;
Febre;
Cansaço;
Perda de apetite;
Coceira;
Dor nas costas;
Sede;
Urina escura.
Outros nove sinais foram relacionados ao câncer de pâncreas TNE-P:
Pele amarelada;
Sangue nas fezes;
Diarreia;
Mudança nos hábitos intestinais;
Vômitos;
Indigestão;
Massa abdominal;
Dor abdominal;
Perda de peso.
Apesar de a maioria dos sintomas não ser específico do câncer de pâncreas e possa ser causado por outras condições benignas, os pesquisadores descobriram que os pacientes diagnosticados com este tipo de tumor tinham uma chance maior de apresentar alguns desses sinais inespecíficos um ano antes do diagnóstico.
O que leva a pessoa ter câncer no pâncreas?
O câncer de pâncreas tem variadas causadas. Em menor parcela está a hereditariedade. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 10% a 15% dos casos decorre de fatores de risco hereditários.
Algumas síndromes de predisposição genética são associadas ao câncer de pâncreas, como:
Câncer de mama e de ovário hereditários associados aos genes BRCA1, BRCA2 e PALB2
Síndrome de Peutz-Jeghers
Síndrome de pancreatite hereditária
Há outros fatores de risco para o câncer de pâncreas como:
Tabagismo;
Sobrepeso e obesidade;
Diabetes mellitus;
Pancreatite crônica não hereditária.
Agricultores, trabalhadores de manutenção predial e da indústria de petróleo são vistos como grupos de risco para o desenvolvimento de câncer de pâncreas pois estão regulamente expostos a solventes, tetracloroetileno, estireno, cloreto de vinila, epicloridrina, HPA e agrotóxicos, produtos e substâncias que elevam os riscos para o desenvolvimento do tumor.
A idade também pode ser considerada um fator de risco. Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60. Segundo a União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), os casos de câncer de pâncreas aumentam com o avanço da idade: de 10 em cada 100 mil habitantes entre 40 e 50 anos para 116 em 100 mil habitantes entre 80 e 85 anos. A incidência é mais significativa no sexo masculino.
Quais as chances de cura do câncer de pâncreas?
O câncer de pâncreas é considerado um dos seis mais letais. Isso se deve a dois motivos: seu diagnóstico costuma ser tardio — o que piora o prognóstico — e seus tipos de tumores são agressivos — fazem metástase com facilidade e costumam voltar a aparecer no órgão mesmo depois da cirurgia. Segundo (Inca), a doença no pâncreas é responsável por cerca de 1% de todos os tipos de tumores diagnosticados e por 5% do total de mortes causadas pela doença.
O câncer de pâncreas é diagnosticado por um exame de imagem (ressonância magnética, tomografia computadorizada ou ultrassonografia) associada à biópsia.
O tratamento depende do estágio da doença. Quando o tumor está localizado, a cirurgia é o mais indicado, pois é a opção com maior potencial de cura. No entanto, é possível fazer um tratamento com quimioterapia.
O câncer de pâncreas costuma gerar metástases para o fígado e outros órgãos da região abdominal, mas não é incomum surgirem também em outras áreas do corpo.