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Comandante de submarino russo é morto a tiros no sul da Rússia

Motivo do crime está sendo investigado; suspeitos teriam sido identificados, de acordo com a agência russa Tass

Submarinos russos dispararam projéteis no Mar Negro em exercício realizado nesta segunda-feira - Kirill Kudryavtsev / AFP

Um comandante de submarino russo foi morto a tiros na cidade de Krasnodar, no sul da Rússia, na segunda-feira, em um caso cujos detalhes foram revelados pela inteligência ucraniana, que não assumiu a responsabilidade pela morte.

Stanislav Rzhitsky foi morto no início desta semana por uma “pessoa desconhecida”, informou a agência de notícias estatal russa Tass, acrescentando que “o motivo do crime está sendo investigado”. Os suspeitos teriam sido identificados, de acordo com a agência russa.

Rzhitsky comandou um dos submarinos russos da frota do Mar Negro, capaz de disparar mísseis de cruzeiro Kalibr, de acordo com o comunicado ucraniano e reportagens russas. Os ataques com mísseis lançados por submarinos foram alguns dos mais destrutivos em cidades ucranianas, incluindo há um ano na cidade central de Vinnytsia, que matou dezenas de pessoas, incluindo três crianças.

A Inteligência de Defesa da Ucrânia revelou como Rzhitsky foi aparentemente baleado, uma declaração que foi bastante detalhada no Telegram. A agência não assumiu explicitamente a responsabilidade pela morte do comandante.

“O comandante do submarino estava correndo no Parque dos 30 anos da Vitória em Krasnodar. Por volta das 6h, ele foi baleado sete vezes com uma pistola Makarov. Como resultado dos ferimentos à bala, Rzhitsky morreu no local”, disse o comunicado. “Devido à forte chuva, o parque estava deserto, então não havia testemunhas que pudessem fornecer detalhes ou identificar o agressor.”

Uma declaração do departamento de Comunicações Estratégicas das Forças Armadas da Ucrânia procurou minimizar as sugestões de que Kiev poderia ter realizado o ataque. Em uma linguagem em tom imparcial, o comunicado afirma que Rzhitsky chegou à conclusão de que os ataques com mísseis que mataram civis foram ineficazes.

“Obviamente, ele foi eliminado por seus próprios homens por se recusar a continuar cumprindo as ordens de combate de seu comando sobre ataques com mísseis a cidades ucranianas pacíficas”, concluiu o comunicado.