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O silêncio tem som, comprova a ciência; entenda

Evidências apontam que cérebro processa ativamente o silêncio, o que explica por que prestamos atenção em uma pausa inesperada numa conversa

Para comprovar a existência do "som do silêncio", os cientistas compararam como o cérebro humano processa o som e o silêncio - Freepik

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, fizeram experimentos que comprovaram que é verdadeira a expressão "som do silêncio". O estudo deles, publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences confirmou que o cérebro humano processa o silêncio da mesma forma que o um som.

Para comprovar a existência do "som do silêncio", os cientistas compararam como o cérebro humano processa o som e o silêncio. Para isso, fizeram experimentos com voluntários. Os pesquisadores emitiram um som contínuo que tinha a mesma duração de dois fragmentos de som, emitidos depois. O cérebro humano entendeu que o barulho contínuo é mais longo que o som fragmentado.

Os cientistas fizeram o mesmo experimento, mas em vez de prestar atenção ao som, os voluntários deveriam se atentar à duração do silêncio. A ausência de som aparecia em meio ao ruído de uma passagem de trem, de restaurante movimentado, de mercado movimentado, de playground ou ruído branco.
 

Da mesma forma que o barulho, o silêncio contínuo foi apontado pelas pessoas como tendo uma duração maior do que o silêncio fragmentado, apesar de ambos terem a mesma extensão.

"Uma das razões pelas quais a expressão 'o som do silêncio' é tão convincente é porque ela é paradoxal. O silêncio é a ausência de som. Mas esses resultados sugerem que ouvimos o silêncio como ouvimos um som, então realmente pode haver alguma verdade na frase o 'som do silêncio', afinal", disse Chaz Firestone, principal autor do estudo, em entrevista ao tabloide britânico Daily Mail.