Câmara dos Deputados

Valdemar tenta abafar crise no PL e defende parlamentares que votaram a favor da Reforma Tributária

Presidente do partido também afirmou que legenda votará 'unida' em pautas de costumes

Valdemar da Costa Neto em entrevista para a GloboNews - Reprodução/Globonews/arquivo

Em carta enviada aos parlamentares de sua bancada e publicada no Instagram, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tentou contornar a crise interna da legenda. No documento, o dirigente pediu respeito aos congressistas que votaram a favor da pauta econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva, mas tentou acenar aos bolsonaristas ao afirmar que a sigla votará "unida" nas pautas de costume.

Como revelou O Globo, desde domingo os deputados do partido trocam acusações e ameaças por meio de grupo de WhatsApp da bancada.

Em meio aos debates acalorados, o líder da sigla, Altineu Côrtes (PL-RJ), precisou bloquear o envio de mensagens do grupo por duas vezes. O bate-boca começou quando parlamentares que votaram de forma favorável à reforma tributária — rejeitada por Jair Bolsonaro — reclamaram de intimidação nas redes sociais.

"Se entrarem pautas boas para a economia, de gestão governamental como arcabouços, reforma tributária e que refletem em questões regionais, cada um precisa votar no que for melhor para o povo o elegeu. Ser bolsonarista e ser de direita é sempre escolher o melhor para o nosso povo", escreveu Valdemar.

Antes, ele faz um contraponto:

"Para que não fique dúvida, somos um partido de oposição. E seguiremos unidos nas pautas conservadoras que a direita sempre defende. Ou seja, se entrar em pauta algum projeto que fere a nossa liberdade, que fere os valores da família, da fé cristã, do agro, da criança e em favor das drogas, a nossa bancada inteira estará unida e invariavelmente votará contra".

No manifesto aos congressistas, Valdemar também defende a posição do governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi durante criticado por bolsonaristas ao apoiar a reforma tributária.

"O Tarcísio é de direita e conservador e tem a obrigação de fazer o que é melhor para o estado de São Paulo. É para isso que ele foi eleito".