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Presidente eleito do Paraguai promete manter apoio a Taiwan

China considera Taiwan, uma ilha de governo autônomo, como parte de seu território

Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen (D) e Santiago Pena Palacios, presidente eleito do Paraguai (E) - olheto / ESCRITÓRIO PRESIDENCIAL DE TAIWAN / AFP

O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña, afirmou nesta quarta-feira (12) que o país manterá o apoio a Taiwan durante seus cinco anos de mandato. O Paraguai é um dos poucos países latino-americanos que reconhecem Taiwan.

A China considera Taiwan, uma ilha de governo autônomo, como parte de seu território e prometeu retomá-la um dia.

Em discurso no gabinete presidencial, Peña elogiou sua colega taiwanesa, Tsai Ing-wen, por "saber que princípios e valores não são negociáveis", e afirmou que seu governo trabalhará com Taipei em investimentos futuros para o "mútuo benefício econômico".

Peña também se apresentou com o vice-presidente William Lai, aspirante a suceder Tsai nas eleições de janeiro.

Eleita em 2016, Tsai está em seus últimos meses de governo, marcado pela preocupação das relações com Pequim, que se recusa a negociar com ela por não aceitar que a ilha faz parte da China.

Nos últimos anos, Costa Rica, El Salvador, República Dominicana, Panamá, Nicarágua e Honduras mudaram sua aliança diplomática de Taiwan para China.

Pequim não permite que seus aliados diplomáticos reconheçam Taipé. Apenas 13 países reconhecem em todo o mundo.

Manobras chinesas
A China também tem intensificado sua presença militar em torno de Taiwan, com aviões de guerra que, quase diariamente, incursionam na zona de defesa aérea taiwanesa.

O Ministério da Defesa de Taiwan anunciou na manhã desta quarta-feira que as Forças Armadas chinesas realizaram exercícios navais e aéreos em águas ao sudeste da ilha.

"Nesta manhã, 12 de julho, de 7h ao meio-dia, 30 aviões militares foram detectados, entre eles, aviões de combate, bombardeiros e aviões de alerta precoce, helicópteros transportados em navios e veículos aéreos não tripulados", informou o ministério.

O órgão afirmou ainda que 23 aviões de guerra entraram na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ, em sua sigla em inglês) de Taiwan e que quatro navios militares chineses realizaram uma "patrulha conjunta de combate".

A ADIZ não é o mesmo que o espaço aéreo territorial, e no caso de Taiwan inclui uma zona extensa que se sobrepõe com a ADIZ da China.