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França investiga envio de pedaço de dedo a Macron

MP francês abriu investigação sobre o incidente revelado pela revista Valeurs Actuelles

Emmanuel Macron, presidente da França - Ludovic Marin/AFP

O Ministério Público francês informou, nesta quinta-feira, que abriu uma investigação após a descoberta de um pedaço de dedo enviado por correio ao Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.

A polícia francesa está investigando o ocorrido, relatado no início da semana por funcionários que trabalham para o presidente da França, Emmanuel Macron, de acordo com a revista Valeurs Actuelles, que revelou o incidente.

Acredita-se que o pedaço de dedo encontrado pertença ao remetente da carta, que sofre de problemas psiquiátricos, contou à AFP uma fonte próxima ao caso, que pediu anonimato.

Uma equipe de 70 pessoas monitora e examina entre 1.000 e 1.500 e-mails e cartas enviadas diariamente a Macron. A presidência francesa, contatada pela AFP, não se pronunciou até o momento.

Acredita-se que o pedaço de dedo encontrado pertença ao remetente da carta, que sofre de problemas psiquiátricos, contou à AFP uma fonte próxima ao caso, que pediu anonimato. Uma equipe de 70 pessoas monitora e examina entre 1.000 e 1.500 e-mails e cartas enviadas diariamente a Macron. A presidência francesa, contatada pela AFP, não se pronunciou até o momento.

Tensão social
O episódio ocorre em um momento de pressão para o governo Macron. A França enfrentou, no fim de junho, quase uma semana de distúrbios nas ruas de Paris e outras cidades francesas em reação à morte de um jovem baleado por um policial. A estimativa é de que os custos com os danos provocados pelos choques cheguem a 1 bilhão de euros (R$ 5,2 bilhões).

O jovem Naël foi atingido por um disparo da polícia enquanto os oficiais faziam uma blitz, em Nanterre, perto de Paris. O episódio reacendeu a polêmica sobre a violência policial no país — e gerou comentários críticos até de Kylian Mbappé, a estrela do Paris Saint-Germain (PSG), que disse estar “sofrendo pela França”.

No domingo, o governo francês proibiu a venda e o uso de fogos de artifício durante o feriado nacional do Dia da Bastilha, em 14 de julho, por temer o uso em novos protestos. Os fogos de artifício, normalmente disponibilizados gratuitamente, são por vezes utilizados durante confrontos com a polícia, como aconteceu durante as seis noites de confrontos motivadas pelo assassinato do jovem.

A tensão social na França está latente desde abril, quando o país parrou, com greves e confrontos nas ruas por causa da reforma do sistema previdenciário aprovada pelo governo Macron com alto índice de desaprovação popular.