STF

Além de Flávio Dino, veja outros nomes cotados para a vaga de Rosa Weber no STF

Cadeira da ministra, que se aposenta em outubro, começou a ser cobiçada antes da nomeação de Cristiano Zanin para a vaga deixada por Ricardo Lewandowski

Flavio Dino, durante sessão no Senado - Cristiano Mariz/O Globo

Antes mesmo da oficialização do nome do advogado Cristiano Zanin para ma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), os olhos se viraram para a segunda cadeira alvo de cobiça neste ano, da ministra Rosa Weber, que se aposenta em outubro.

No páreo, um dos nomes mais aventados nos últimos dias é o do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, como mostrou O Globo nesta quinta-feira (13). No entanto, ele não é o único cotado para ocupar a vaga.

Indicada para ocupar a cadeira da ministra aposentada Ellen Gracie, a ministra Rosa Weber se aposentada no dia 2 de outubro, quando completa 75 anos. Meses antes da nomeação, porém, alas do governo e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defedem a nomeação de uma mulher negra para a cadeira como forma de ampliar a diversidade na Corte Suprema — hoje, não há negros no STF e apenas duas das 11 cadeiras são ocupadas por mulheres, número que cai para uma com a aposentadoria de Rosa.

A disputa nos bastidores aventa nomes de quadros do governo, de Cortes Superiores e políticos, mas a decisão ainda é incerta. O nome indicado por Lula para a vaga deverá ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, depois, pelo plenário da Casa antes de ser nomeado.

Veja quem são os cotados para a vaga:
Bruno Dantas

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, conseguiu angariar apoios para disputar a vaga que vão dos ministros do STF Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, recém-nomeado, ao ex-presidente José Sarney. Nos bastidores, há notícias de um acordo de apoio mútuo entre Zanin e Dantas, em que o primeiro indicado ajudaria o outro.

Rodrigo Pacheco
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também conta com o apoio do ministro Gilmar Mendes, do STF. Nos últimos meses, ele diminuiu a temperatura das discussões sobre uma possível divisão entre Câmara e Senado na análise das indicações presidenciais à Corte. Bolsonaristas defendiam a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição para que os deputados também chancelassem os nomes para o Supremo. Com isso, tirou o foco do debate sobre mandatos para ministros do STF.

Regina Helena Costa
Nos últimos dias, também passou a correr nos bastidores o nome da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa, de 61 anos. De perfil discretíssimo e comparado frequentemente ao de Rosa Weber, ela é uma das integrantes das turmas que lidam com matérias caras à União e é referência em Direito Tributário. Foi indicada para o tribunal em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Simone Schreiber
A desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) Simone Schreiber, conhecida crítica à Operação Lava-Jato, conta com o apoio do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, além de integrantes do grupo de juristas Prerrogativas, que embarcou na candidatura do presidente Lula em 2022.

Vera Lúcia Santana
A advogada Vera Lúcia Santana, única mulher negra entre os nomes já aventados, já ganhou apoios publicamente. A advogada tem interlocução com ministros como Edson Fachin, e circulou na última terça-feira em um evento na biblioteca do Supremo, onde foi tietada pelos convidados. O vice-presidente Geraldo Alckmin também já defendeu a indicação de uma mulher negra para a vaga.

Benedito Gonçalves
Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves é o único negro entre os 33 integrantes da Corte. Ele também integra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde ocupa posto de corregedor-geral. Neste ano, foi designado relator de ação que pedia a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso julgado no colegiado do TSE no final de junho. O nome do magistrado, porém, perdeu força nas últimas semanas.

Luís Felipe Salomão
Também ministro do STJ, Luís Felipe Salomão também é corregedor-nacional de Justiça. Apesar de seu nome ter esfriado na corrida pela vaga, chega ao páreo cacifado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.