Entenda as mudanças no sono do idoso
Existe uma alteração no ritmo circadiano decorrente do envelhecimento que afeta o sono dos idosos
Com o envelhecimento, as principais queixas em relação ao sono são que ele vai ficando cada vez menor e que leva mais tempo para iniciar. Por exemplo, uma queixa chamada de latência do sono é uma constatação de que se permanece na cama acordado por mais tempo e muito provavelmente acontecem despertares precoces, ou seja, as pessoas acordam muito antes de qualquer necessidade por compromisso em acordar. Para falar sobre o assunto, Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde desta sexta-feira (14), com o médico geriatra Alexandre Mattos.
De acordo com o médico, as queixas referentes ao sono são muito comuns num consultório de um geriatra e existem questões que são normais em relação ao envelhecimento humano.
“Comparando a uma criança, um bebê, ou até a um adolescente, a necessidade de sono de um idoso é bem menor, mas não quer dizer que seja tão pouco tempo de sono, quatro ou cinco horas. Mesmo para um idoso, é importante que se tenha uma média de seis a sete horas de sono”, afirmou.
Ainda segundo Alexandre Mattos, atualmente é visto a patologização do sono, ou seja, dizer que o sono que seria habitual com o envelhecimento é uma doença. "É necessário observar todos os sinais que são normais e lembrar que se o idoso vai dormir, por exemplo, às 18h e acordar às 1h, isso não significa, necessariamente, um distúrbio do sono. É preciso apenas alguns ajustes na rotina dele, como dormir um pouco mais tarde para que ele acorde pela manhã", apontou.
O geriatra explicou, também, uma alteração fisiológica que acontece com o envelhecimento.
“Existe uma alteração no ritmo circadiano do sono que ocorre, o que chamamos de Síndrome do Avanço da Fase do Sono, que é muito comum ocorrer em idosos, principalmente naqueles muito idosos, de 80 anos ou mais. Se consiste em ele ter um sono logo cedo, no início da noite, e de madrugada, de 4h ou 4h30, ele já está de pé”.
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