OCEANO

Submarino do Titanic: OceanGate exclui redes sociais cerca de um mês após implosão de submersível

Cinco pessoas morreram no acidente, ocorrido em meados de junho

Destroços do submersível Titan são retirados do mar após implosão - Reprodução/SkyNews

A OceanGate, empresa responsável pela expedição ao fundo do mar que resultou na implosão do submarino Titan e na morte de seus cinco tripulantes, excluiu seus perfis nas redes sociais. No momento, ao se acessar o site oficial da empresa se vê apenas a seguinte mensagem, que ocupa toda a tela: "OceanGate Expeditions suspendeu todas suas operações comerciais e de exploração".

No site Wayback Machine, que arquiva páginas da internet, a última captura do site da OceanGate sem essa mensagem data do dia 12 de julho. Antes, o mesmo texto estava posicionado no canto superior do site.

Os perfis da empresa no Facebook, Twitter e Linkedin encontram-se fora do ar. Já a página no Instagam da OceanGate foi colocada no modo privado, e as postagens deletadas. Na semana passada, a empresa já havia comunicado a suspensão de suas atividades.

Investigação
Órgãos dos Estados Unidos, do Canadá, da França e do Reino Unido participam de investigações sobre o acidente que resultou na implosão do submarino Titan, da empresa OceanGate, em meados de junho. Um relatório final será enviado a Organização Marítima Internacional e outros grupos.

Os investigadores já sabem que o desaparecimento do submersível foi precedido por uma série de erros e condutas imprudentes por parte da fabricante. Questões como o material utilizado na construção do submersível, inclusive na janela da nave aquática, e outras suspeitas de negligência atribuídas ao CEO da empresa, Stockton Rush, que morreu na implosão, também serão analisadas.

Destroços, incluindo material possivelmente humano, foram recolhidos do Atlântico pelas equipes de busca. De acordo com Willy Hauffe, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, as condições nas quais os destroços e o material orgânico foram encontrados dificultam o trabalho dos especialistas.

— Com aproximadamente quatro mil metros de profundidade, a pressão é absurda. Lá embaixo, um corpo humano se comporta como se fosse uma gelatina e, de acordo como o metal do submarino foi rompido, as pessoas são despedaçadas — afirmou o perito. — A ação do mar, da água salgada e animais também deve ser considerada.

Os restos do Titan foram encontrados em um campo de destroços no fundo do mar, a 500 metros da proa do Titanic. O naufrágio fica a 3,8 mil metros abaixo da superfície do oceano e a mais de 640 km da costa de Terra Nova, no Canadá. No entanto, segundo o especialista, mesmo com empecilhos que dificultam a análise, ainda é possível encontrar o perfil genético do DNA em pedaços minúsculos de matéria orgânica.