Onda de calor extremo e recorde de temperatura elevada atingem a Europa
Na Itália, as temperaturas podem atingir níveis recordes; Ministério da Saúde italiano emitiu um alerta de risco de saúde "extremo" para várias cidades
Uma onda de calor sobre a península italiana e suas ilhas e vários recordes históricos de temperatura podem ser quebrados nos próximos dias, alertaram as autoridades neste sábado.
Partes da Espanha, Croácia, França, Grécia e Itália estão enfrentando calor intenso, com temperaturas chegando acima de 40 graus.
“As temperaturas estão escaldantes em toda a Europa esta semana em meio a um período intenso e prolongado de calor. E está apenas começando”, disse a Agência Espacial Europeia (ESA) em um comunicado.
O Ministério da Saúde emitiu um alerta vermelho para várias cidades do centro do país, incluindo a capital Roma, Bolonha, Florença e Pescara, onde se preveem temperaturas entre os 36-37°C a partir de domingo (com uma sensação térmica de 39 ° C), que aumentará até atingir um pico no início da semana.
Em Roma, as temperaturas podem subir para 40°C na segunda-feira e atingir entre 42 e 43°C na terça, quebrando o recorde de 40,5°C registrado em agosto de 2007.
A ilha da Sardenha também está a caminho de marcar uma nova máxima que supera os 48,8°C alcançados em 11 de agosto de 2021, que é a temperatura mais alta registrada na Europa.
Os dispositivos médicos já estão mobilizados em todo o país para cuidar das pessoas mais frágeis que sofrem de desidratação e para intervir em lares de idosos.
Em 2022, o calor na Europa provocou a morte de 60 mil pessoas, com 18 mil vítimas mortais na Itália, o país mais afetado, segundo um estudo publicado segunda-feira na Nature Medicine.
A Europa não é o único lugar que enfrenta temperaturas extremas. Uma perigosa onda de calor de uma semana em partes do oeste dos Estados Unidos deve piorar neste fim de semana. Mais de 90 milhões de pessoas estão sob alerta de calor. O lugar mais quente da Terra, o Vale da Morte, na Califórnia, pode chegar a 54,4 graus Celsius no domingo, disseram meteorologistas do Serviço Nacional de Meteorologia à CNN.
À medida que a crise climática se intensifica, os cientistas têm certeza de que ondas de calor recordes devem se tornar mais frequentes e mais severas.