Coreia do Sul anuncia aumento da ajuda à Ucrânia
Nono maior exportador de armas do mundo, tem uma política de longa data de não enviar armas para áreas onde há conflitos ativos
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, prometeu neste sábado (15) "ampliar a escala" da ajuda humanitária e de equipamento militar não letal que fornece à Ucrânia, em sua primeira visita a Kiev para uma reunião com o homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky.
A Coreia do Sul, nono maior exportador de armas do mundo, tem uma política de longa data de não enviar armas para áreas onde há conflitos ativos. O país mantém o princípio, apesar dos pedidos reiterados dos Estados Unidos, das potências europeias e da Ucrânia.
Seul "ampliará a escala de suprimentos na comparação com o ano passado, quando entregamos materiais como capacetes e coletes à prova de balas", disse Yoon. Ele destacou que a ajuda humanitária aumentará para 150 milhões de dólares em 2023, contra US$ 100 milhões em 2022.
Zelensky agradeceu ao presidente sul-coreano por sua primeira visita ao país em guerra.
"Obrigado por esta conversa significativa. Obrigado por seu grande apoio", afirmou o ucraniano durante uma entrevista coletiva ao lado de Yoon.
Ele também agradeceu o envio de veículos e equipamentos para detecção de minas "que ajudaram a salvar muitas vidas".
"A Ucrânia de hoje me lembra a Coreia do Sul do passado", disse Yoon, que elogiou a ajuda internacional que permitiu a seu país obter uma "vitória milagrosa" contra Pyongyang e virar uma das maiores economias do mundo.
A Coreia do Sul, que tecnicamente continua em guerra contra a Coreia do Norte, produz grandes volumes de armamentos que são compatíveis com os equipamentos utilizados pela Otan.