Estupro

Motorista de padre Airton Freire e outro funcionário do religioso estão foragidos desde sexta (14)

Há mandados de prisão preventiva em aberto contra os dois funcionários

Padre Airton Freire - Paulo Davino/Divulgação

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) segue realizando diligências para localizar dois funcionários do padre Airton Freire. Contra eles, há mandados de prisão preventiva em aberto desde a última sexta-feira (14), data em que o religioso foi preso em Arcoverde, no Sertão.

Dos dois mandados em aberto, um é contra o motorista e segurança de Airton, identificado como Jailson Leonardo da Silva. Ele é suspeito de estuprar a stylist Sílvia Tavares, a mando do religioso. O crime teria ocorrido em agosto de 2022, mas só ganhou repercussão após denúncia da vítima, no último mês de maio.

Um segundo funcionário do padre, que não teve nome e idade divulgados, também está foragido. Contra ele há um mandado de prisão em aberto desde a sexta-feira. A  PCPE não informou qual seria a participação dessa pessoa nos crimes investigados.

Na denúncia, a mulher afirma que Jailson Leonardo a forçou a ter uma relação sexual com ele a pedido do religioso, que presenciava a cena enquanto se masturbava. Segundo a vítima, tudo aconteceu dentro do terreno da Fundação Terra.

Logo após a repercussão do crime, o padre foi proibido de exercer suas funções, por decisão da Diocese de Pesqueira.

Além do caso de Sílvia Tavares, a prisão de Airton Freire também levou em consideração a elucidação de novos casos de violência sexual, que estão sob investigação, segundo informou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

No momento, o sacerdote é investigado em cinco inquéritos policiais, de acordo com a Promotoria de Justiça da Comarca de Buíque.

"[A prisão preventiva] mostra-se necessária para garantir a continuidade do trabalho investigativo da polícia, que está sendo acompanhado pelo MPPE; afastar os riscos de reiteração delitiva; bem como assegurar proteção às vítimas", informou o Ministério Público.

Por meio de nota, os advogados que representam o padre Airton afirmam que foram "surpreendidos" com a prisão preventiva do sacerdote e que entrarão com um pedido de habeas corpus.