Justiça marca julgamento de Danilo Paes, suspeito de participação na morte do pai, em Aldeia
Júri ocorrerá no Fórum de Camaragibe, nos dias 24, 25, 26 e 27 de outubro
Está agendado para outubro de 2023 o julgamento de Danilo Paes Rodrigues, suspeito de participar do assassinato do pai, o médico cardiologista Denirson Paes, em maio de 2018, no bairro de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o júri ocorrerá no Fórum de Camaragibe, nos dias 24, 25, 26 e 27 de outubro.
As sessões terão início às 9h e serão presididas pela juíza Marília Falcone Gomes Lócio, responsável pela 1ª Vara Criminal da cidade.
Em julho de 2018, após indícios da participação de Danilo e de sua mãe, a farmacêutica Jussara Rodrigues, no assassinato e na ocultação do corpo de Denirson, ambos foram presos, tendo Danilo obtido habeas corpus em dezembro daquele ano.
O laudo da reconstituição realizada na casa do cardiologista, no dia 14 de setembro de 2018, concluiu que Jussara não seria a única responsável pela morte do marido.
Ela teria contado com a ajuda de uma segunda pessoa que, de acordo com a acusação, seria o engenheiro Danilo Paes, filho mais velho do casal.
Somente em novembro de 2019, houve julgamento do caso, e Jussara foi condenada a 19 anos e 8 meses de prisão pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver do marido. Apenas ela era réu na ocasião.
Relembre o caso
O corpo do médico cardiologista Denirson Paes foi encontrado em 4 de julho de 2018 dentro da cacimba da casa onde morava, no condomínio de luxo Torquato de Castro I, localizado no km 13 da Estrada de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.
O desaparecimento do médico vinha sendo investigado desde o início de junho daquele ano.
Em um Boletim de Ocorrência registrado em 20 de junho sobre o desaparecimento do marido, Jussara Rodrigues alegava que a vítima teria viajado para fora do Brasil e que não teria retornado desde então.
A delegada Carmem Lúcia, de Camaragibe, desconfiou do envolvimento dos familiares e solicitou um mandado de busca e apreensão no condomínio em que a família morava.
Na busca policial, realizada em 4 de julho, foram encontrados os primeiros restos mortais do médico na cacimba da residência.
Para a polícia, havia indícios suficientes da participação de mãe e do filho Danilo no crime. Em 5 de julho, Jussara e o filho mais velho foram presos temporariamente suspeitos de ocultação de cadáver.
Danilo foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Jussara foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife.
Em 20 de agosto, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou asfixia por esganadura como a causa da morte do cardiologista. Em dezembro de 2018, Danilo recebeu habeas corpus, obtendo liberdade.
Já em 5 de novembro de 2019, Jussara Rodrigues foi condenada a 19 anos e 8 meses de prisão pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver do marido. A sentença foi proferida pela juíza Marília Falcone. Ela cumpre pena em regime fechado.