Saúde

Como ingerir azeite de oliva pode reduzir seu risco de morrer de demência

Meia colher de chá do óleo diariamente pode reduzir em até 28% o risco de morte em casos da doença

Azeite de oliva - Pixabay

O azeite de oliva, muito utilizado em saladas, pode ser mais benéfico do que se imaginava. Um novo estudo mostra que incorporar o óleo na alimentação pode contribuir na redução do risco de desenvolver demência. A descoberta, apresentada no encontro anual da Sociedade Americana para Nutrição, mostra um novo caminho para a prevenção do declínio das habilidades mentais, muito comum no processo de envelhecimento.

A pesquisa é a primeira da área a investigar a relação direta entre escolhas alimentares e morte relacionada à demência. Foram analisados mais de 90 mil questionários relacionados à dieta e registros de óbito coletados ao longo de 30 anos. Dentre os selecionados, mais de 4 mil pessoas morreram devido à complicações pela demência.

Dentre as descobertas, os pesquisadores encontraram resultados que demonstram os benefícios da adição de meia colher de sopa de azeite diários. Esse hábito foi associado com um risco 28% menor de morrer de demência em comparação com outros não consumidores do óleo. Além disso, outro achado aponta que substituir apenas uma colher de chá de margarina ou maionese por uma de azeite por dia foi associado a uma diminuição de 8% a 14% risco de morte por declínio cognitivo.

— Nosso estudo reforça as diretrizes dietéticas que recomendam óleos vegetais, como o azeite, e sugere que essas recomendações não apenas apóiam a saúde do coração, mas também potencialmente a saúde do cérebro. Optar pelo azeite, um produto natural, em vez de gorduras como margarina e maionese comercial é uma escolha segura e pode reduzir o risco de demência fatal — pontua Anne-Julie Tessier, pós-doutoranda na Escola de Saúde Pública de Harvard.

No Brasil, o tipo mais comum de demência é a doença de Alzheimer, afeta cerca de 1,2 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. Por isso, as pequenas adaptações na rotina podem causar um grande impacto na saúde da população.

Hobbies que previnem a demência
Usar o computador, fazer palavras cruzadas e jogar xadrez são hobbies mais fortemente associados à prevenção de demência do que outras atividades como tricô, pintura e socialização. A conclusão é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, publicado recentemente na revista científica JAMA Network Open.

Passatempos criativos, como artesanato, tricô e pintura, e atividades mais passivas, como leitura, reduziram o risco em 7%. Por outro lado, o tamanho da rede social de alguém e a frequência de saídas externas ao cinema ou restaurante não foram associados à redução do risco de demência.