BRASIL

FGTS aprova nesta terça-feira (25) pacote que beneficiará trabalhadores e mutuários da casa própria

Recursos para financiamento terão valor recorde de R$ 11,35 bilhões

FGTS - Divulgação

O Conselho Curador do FGTS deve aprovar nesta terça-feira a divisão de 99% do resultado líquido do FGTS em 2022, que foi de R$ 12,848 bilhões.

Serão repartidos, entre os cotistas que tinham saldo na conta em dezembro, R$ 12,719 bilhões. A Caixa Econômica Federal tem até 31 de agosto para efetuar o crédito nas contas vinculadas ao FGTS.

Também está na pauta da reunião a ampliação em R$ 4,65 bilhões para o Pró-Cotista, linha de financiamento habitacional do FGTS para trabalhadores que têm conta no FGTS. A modalidade começou o ano com orçamento de R$ 2 bilhões, subiu para R$ 6,7 bilhões, e agora alcançará valor recorde de R$ 11,35 bilhões.

Para evitar falta de recursos no programa Minha Casa, Minha Vida nos próximos meses nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, conselheiros devem aprovar também voto do Ministério das Cidades que amplia o orçamento total do FGTS para habitação em quase R$ 30 bilhões, saindo de R$ 61,4 bilhões para pouco mais de R$ 90 bilhões.

Pausa de pagamento para inadimplentes
Outra medida é aprovação de uma pausa de até seis meses para os mutuários inadimplentes que renegociaram o contrato com a Caixa. Nestes casos, os valores são incorporados ao saldo devedor. A medida terá validade até dezembro deste ano.
 

O pacote de medidas já foi aprovado pelo grupo de apoio técnico ao Conselho Curador na semana passada.

Segundo técnicos a par das discussões, a divisão de 99% do lucro do FGTS em 2022 representará um ganho de R$ 2,37 a cada R$ 100 de saldo. A repartição do resultado com os cotistas é uma forma de de melhorar a rentabilidade das contas do FGTS, de 3% ao ano.

A linha Pró-Cotista oferece condições de financiamento mais em conta em relação ao mercado. A taxa é de 8,66% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). O limite do valor do imóvel é de R$ 1,5 milhão.

O aumento dos recursos é uma forma de minimizar os efeitos da redução dos recursos da poupança, uma das principais fontes de financiamento habitacional para a classe média.