MARIELLE FRANCO

Marielle: Saiba quem são e o papel de cada um dos envolvidos na morte e destruição das provas

Ao longo de cinco anos de investigação vários nomes surgiram a partir das investigações conduzidas

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - Reprodução/TV Globo

A operação Élpis, deflagrada nesta segunda-feira pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público, é o capítulo mais recente das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Em cinco anos de investigações, vários nomes surgiram como tendo algum tipo de ligação com o crime. Confira abaixo o que se sabe sobre cada um deles:

Ronnie Lessa
Foi preso em março de 2019 pela participação nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Na delação de Élcio Queiroz, é apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista. Foi expulso na PM e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.

Élcio Queiroz
Também é ex-PM. Está preso desde 2019 e fez a delação premiada na qual apontou a participação de mais uma pessoa, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, é um ex-sargento da Polícia Militar que foi expulso da corporação em 2015. Ele afirmou na delação que dirigia o carro que perseguiu o veículo onde estavam a vereadora e seu motorista, além da assessora Fernanda Chaves, que sobreviveu ao atentado.

Maxwell Simões Correa, o Suel
Ex-sargento do Corpo de Bombeiros, Maxwell, também conhecido como Suel, foi preso nesta segunda-feira. Ele já havia sido preso em 2020. Apontado como cúmplice de Lessa, é acusado de ter cedido um carro para a quadrilha, esconder as armas após o crime e ajudar no descarte delas.
 

Edimilson Oliveira, o Macalé
Novo personagem na trama, apontado na delação como a pessoa que teria intermediado a contratação de Lessa para o assassinato de Marielle Franco. Foi executado, em Bangu, em 2021.

Elaine Pereira Figueiredo Lessa
Mulher de Ronnie Lessa, chegou a ser presa na operação Submersus, da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio, em outubro de 2019. Contra ela havia a suspeita de que tenha comandado as ações para sumir com as armas do marido e apagar vestígios da quadrilha.

Edilson Barbosa , o Orelha
Procurado por Maxwell, em Rocha Miranda, para tratar do descarte do Cobalt usado na emboscada que vitimou Marielle e Anderson.

Bruno Figueiredo
Irmão de Elaine Lessa, Bruno também foi alvo da operação Submersus acusado de ter ajudado a irmã na ocultação de provas. Ele teria auxiliado Márcio Gordo a entrar em condomínio do Pechincha para recolher armas guardadas ali por Ronnie Lessa.

José Márcio Mantovano, o Márcio Gordo
Outro alvo da operação que prendeu os irmãos Elaine e Bruno. Ele foi flagrado em vídeo retirando uma caixa, supostamente com armas, que estava em um apartamento que Ronnie Lessa mantinha no Pechincha, onde morava sua sogra.

Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca
Teria recebido as armas recolhidas por Márcio Gordo e alugado um barco para se livrar delas em alto mar. Entre essas armas estaria a submetralhadora HK MP5 usada para matar Marielle e Anderson.

Denis Lessa
Irmão de Ronnie Lessa. Foi levado para prestar depoimento no âmbito da operação Élpis. Após o crime, ele teria pedido um táxi para a fuga de Ronnie e Élcio.

João Paulo Vianna dos Santos Soares, o Gato do Mato
Apontado como amigo e ex-sócio de Ronnie Lessa, teria recebido a submetralhadora MP5 usada pelo ex-PM no crime.

Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o Mauricinho
O PM teria recebido de Jomar Duarte informações sobre uma operação no caso Marielle, em 2019, e repassado para Ronnie.

Jomar Duarte Bittencourt Junior, o Jomarzinho
Apontando como tendo passado a Mauricinho a informação sobre uma operação que teria Ronnie Lessa como um dos alvos.

Alessandra da Silva Farizote
Seria a esposa de João Paulo, o Gato do Mato