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Guindaste de Nova York: Equipamento da mesma empresa caiu em 2008 e matou duas pessoas

Proprietário da Lomma Crane respondeu processo por homicídio culposo, mas foi absolvido; Justiça alegou dificuldade de provar a responsabilidade criminal em acidentes de construção

Guindaste de Nova York: Equipamento da mesma empresa caiu em 2008 e matou duas pessoas - Reprodução

A empresa responsável pelo guindaste que pegou fogo e desabou parcialmente em Nova York, nos Estados Unidos, na manhã desta quarta-feira, já se envolveu em outro acidente com o mesmo tipo de equipamento. Em 2008, um guindaste da Lomma Crane caiu no Upper East Side, em Manhattan, e matou duas pessoas.

O dono da empresa, James Lomma, foi denunciado por homicídio culposo, mas acabou absolvido pela justiça americana. Ele também respondeu judicialmente por conta do acidente ter destruído um projeto de construção e danificado maquinário pesado que pertencia a terceiros.

O equipamento que desabou nesta quarta-feira traz a logomarca da Lomma Crane. Há 15 anos, um outro guindaste de grandes proporções da companhia caiu do alto de um rpédio de 32 andares, no dia 30 de maio.

Segundo testemunhas, o braço do guindaste começou a girar e acabou batendo num edifício de mais de 20 andares localizado no outro lado da rua, destruindo sua cobertura. Parte do equipamento então se desprendeu e caiu, rasgando a fachada do edifício antes de se espatifar no asfalto.

 
 
 
 
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A esquina da Rua 91 com a Primeira Avenida ficou tomada por reboco, concreto e aço retorcido. Cinco prédios foram evacuados. O operador da máquina e um homem de 27 anos morreram no acidente. Um pedestre teve ferimentos leves.

James Lomma morreu em 14 de julho de 2019, aos 73 anos. Sete anos antes, ele foi absolvido de todas as acusações relacionadas ao colapso de um guindaste em Manhattan

O juiz Daniel Conviser, da Suprema Corte Estadual de Manhattan, não deu nenhuma explicação ao declarar Lomma e suas empresas inocentes de todas as quatro acusações, a mais grave de homicídio culposo em segundo grau.

As famílias dos dois trabalhadores da construção civil que morreram, Donald Leo e Ramadan Kurtaj, reagiram à sentença com consternação, de acordo com o The New York Times.

A absolvição destacou a dificuldade de provar a responsabilidade criminal em acidentes de construção, sobretudo porque a prefeitura da cidade foi acusada de erros de fiscalização e regulamentação.