Fitch eleva nota do Brasil. Como é a classificação de risco do país nas outras a agências?
Com revisão anunciada hoje, governo brasileiro fica mais próximo do grau de investimento, espécie de selo de bom pagador
A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito do Brasil nesta quarta-feira. A nota subiu de "BB-" para "BB", o que deixa o país mais perto do chamado grau de investimento, espécie de selo de bom pagador, que ajuda a atrair investimentos estrangeiros. Mas, além da Fitch, o Brasil é avaliado por outras agências, como Moody’s e Standard & Poor’s (S&P).
Essa agências avaliam a capacidade de uma instituição ou país pagarem suas dívidas. De acordo com a capacidade, são atribuídas notas que podem ir de AAA (o famoso triple A), para os melhores pagadores, a D, para quem está em situação de inadimplência.
A S&P revisou em junho a nota dos países que possuem contrato para avaliação do risco de crédito. O Brasil passou a receber uma classificação BB-, mudando a perspectiva de "estável" para "positiva".
Foi a primeira vez, desde 2019, que a agência faz um movimento positivo em relação ao Brasil. Na S&P, o Brasil precisaria subir três níveis para alcançar o grau de investimento.
Na Moody's, o Brasil tem uma classificação um pouco melhor à revisada hoje pela Fitch. Está no patamar Ba2, e, com isso, está mais próximo de alcançar o ponto mais elevado de segurança de investimento. Veja abaixo:
O que é grau de investimento?
É uma espécie de selo de bom pagador. Ou seja, atesta a capacidade do país ou empresa de honrar seus compromissos. Com ele, o país atrai aportes, pois é entendido como um porto seguro para o investidor.
Na prática, ele funciona como um termômetro e pode influenciar na decisão de investidores estrangeiros alocarem capital no Brasil.
O que é grau especulativo?
O oposto de grau de investimento é o grau especulativo, que é dado às empresas e governos que apresentam um risco maior de dar calote.
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Países e instituições que recebem essa nota não são considerados seguros para os investidores. Devidos aos riscos elevados, os investidores exigem maiores remunerações para aplicarem seu dinheiro. Fica mais difícil, portanto, atrair investimentos.