REFORMA

A longa espera de Silvio Costa Filho pela Esplanada. Confira os bastidores

A reunião sobre o assunto já havia sido adiada na semana passada. O movimento de troca no governo é estratégico para aumentar a base de apoio ao Planalto no Congresso.

Silvio Costa Filho é cotado para Ministério - Arhur Mota/Folha de Pernambuco

O destino do deputado pernambucano Silvio Costa Filho no Ministério de Lula ficou adiado para a próxima semana. O presidente Lula vai aguardar a volta a Brasília do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), principal líder do Centrão, para definir não apenas a pasta de Costa, mas também a de André Fufuca (PP-MA).

A reunião sobre o assunto já havia sido adiada na semana passada. O movimento de troca no governo é estratégico para aumentar a base de apoio ao Planalto no Congresso. O Executivo busca mais estabilidade em votações no segundo semestre, em especial de pautas econômicas, como a reforma tributária –que ainda não foi concluída e deve ter uma segunda etapa sobre mudanças nos impostos sobre a renda.

Já a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, que está na corda bamba, disse, ontem, ser “teimosa” e que continuará no comando do banco estatal. É a sexta vez que ela dá declarações sinalizando publicamente que não deve deixar a instituição. A Caixa está na mira do Centrão diante da reforma ministerial iminente do governo.

“Para as mulheres, para os diferentes ocuparem espaços de poder, nós temos que ser muito teimosos. Muito teimosa. Porque se não for, não tem jeito. Como eu sou muito teimosa, vocês fiquem tranquilos, que eu estou aqui e vou continuar trabalhando muito”, declarou.

Na quarta-feira passada, Serrano disse que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a orientação de “trabalhar”. Segundo ela, “não tem absolutamente nada de novo até o momento”. A presidente da Caixa também declarou que há muita especulação sobre sua saída do cargo que não tem “nome” ou “identidade”.

Lula tem demonstrado a interlocutores que não está satisfeito com o desempenho de Rita Serrano no comando da Caixa. A saída parece ser inevitável. O nome já mencionado para substituí-la é o do mineiro Gilberto Occhi, que chegou a presidir o banco de 2016 a 2018, durante o governo de Michel Temer.