FUTEBOL INTERNACIONAL

Armar um ataque sem Mbappé, um primeiro teste para o PSG de Luis Enrique

Atualmente, não é possível saber o que se passa pela mente do antigo treinador da seleção espanhola em relação à punição do atacante francês

Mbappé, atacante do PSG e da seleção francesa - FRANCK FIFE/AFP

Preencher o vazio deixado na linha de ataque por Kylian Mbappé representa um primeiro desafio significativo para o novo treinador espanhol do Paris Saint-Germain, Luis Enrique, cuja equipe enfrenta o Cerezo Osaka em um amistoso no Japão nesta sexta-feira (28).

O empate sem gol com o Al-Nassr de Cristiano Ronaldo, na terça-feira em Osaka, evidenciou as carências ofensivas da equipe parisiense nestes primeiros momentos da pré-temporada.

Atualmente, não é possível saber o que se passa pela mente do antigo treinador da seleção espanhola em relação à punição de Mbappé, pois o clube o mantém afastado dos jornalistas presentes no Japão para evitar qualquer eventual polêmica, seja qual for a sua posição sobre um assunto que é sensível por si só.

"A equipe sente falta dele"
Depois que o PSG colocou sua estrela atacante na lista de transferíveis, o clube saudita Al-Hilal, grande rival do Al-Nassr, teria feito uma oferta de 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,55 bilhão) ao clube francês, uma oferta recusada por Mbappé.

Vários clubes europeus também se aproximaram do PSG, como Real Madrid, Manchester United, Chelsea, Barcelona ou Tottenham, alguns dos quais estão dispostos a oferecer jogadores de seus elencos para reduzir os custos da operação.

Mas Mbappé sempre preferiu o clube da capital espanhola e não tem qualquer obrigação de aceitar uma transferência neste verão no hemisfério norte. Resta saber se o PSG manterá o jogador, um dos melhores do mundo, afastado do grupo a partir de 1º de setembro, quando a janela de transferência fecha?

"Claro que a equipe sente falta dele", afirma o ex-atacante do clube Patrick Mboma, que também jogou no Japão e esteve presente na PSG Academy no complexo J-Green, em Osaka.

O ex-jogador camaronês, próximo de Wilfried, pai de Kylian Mbappé, espera que "ele encontre rapidamente uma saída, porque é um jogador que queremos ver em campo".

"Assimilar o sistema"
Assim como Luis Enrique, o público japonês, presente com diversas camisetas com o nome de Mbappé nas costas, fica privado nesta turnê do maior artilheiro da história das finais da Copa do Mundo (4 gols).

Contra o Al-Nassr, também esperaram em vão por Neymar, que se recupera de uma lesão e a quem Luis Enrique optou por preservar. Assim, na linha de ataque, jogaram jovens como Ilyes Housni e Ismaël Gharbi, promissores, mas ainda inexperientes, além de Marco Asensio, que não se sentiu totalmente confortável nessa posição, e Carlos Soler, que decepcionou.

Apenas o jovem Noha Lemina trouxe esperanças ao estádio Nagai.

"É o primeiro jogo do período de preparação", relativiza Mboma. Quanto a Asensio, "sabemos que essa não é a posição dele, vi como Luis Enrique o utiliza nos treinos para o jogo de posse de bola".

"Com um novo treinador e novos jogadores, é necessário tempo para assimilar o sistema", justificou o meio-campista português do PSG Danilo sobre a timidez no jogo ofensivo contra a equipe saudita de Cristiano Ronaldo.