Dívida pública bruta do Brasil permanece em 73,6% do PIB em junho
O cálculo compreende as contas do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais
A dívida bruta do governo fechou o mês de junho em 73,59% do Produto Interno Bruto (PIB), um patamar de estabilidade em relação ao resultado de maio, quando esse cálculo estava em 73,64%.
Na comparação com janeiro deste ano, este cálculo estava em 72,58% e, desde então, houve uma alta de 1,01 ponto.
Conforme os dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira, o mês de junho terminou com um endividamento acumulado na casa de R$7,6 trilhões.
O cálculo compreende as contas do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais.
O resultado do sexto mês do ano veio levemente abaixo da projeção de mercado, que apontava uma dívida de 74% em relação ao PIB;
Porém, a chamada dívida líquida do governo geral, que corresponde ao endividamento líquido (balanceamento de débitos e créditos), subiu para 59,1% do PIB, alta de 1,3 pontos em relação a maio (57,8%).
A dívida bruta está abaixo de 80% em relação ao PIB desde novembro de 2021, porém ainda distante da casa de 50% ou 60% no início da década de 2010, conforme a série histórica do BC.
A projeção da equipe econômica do governo é de aumento desse percentual nos próximos anos. Para o fim 2023, é esperado algo próximo de 75% e para 2024, o equivalente a 76%.
Déficit
Também foram divulgadas as contas do setor público consolidado, formado por governo federal, estados, municípios e empresas estatais. Houve déficit primário de R$48,9 bilhões em junho de 2023, enquanto no mesmo mês do ano passado foram R$14,4 bilhões superávit.
O déficit primário considera que as receitas ficam abaixo das despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. O superávit é o contrário.
Nos doze meses encerrados em junho, o setor público consolidado registrou déficit de R$24,3 bilhões, equivalente a 0,24% do PIB.