Arábia Saudita terá seis dos dez jogadores mais bem pagos do mundo
Com novos salários, Brozovic receberá mais que Neymar, e Messi menos que Henderson
A nova temporada do futebol da Arábia Saudita promete chegar a um novo patamar. Liderados pelos principais clubes da liga local, os investimentos já bateram todos os recordes, e a janela de transferência no país ainda ficará aberta até o dia 20 de setembro, com a possibilidade da chegada de outros reforços.
Com a aquisição desses novos atletas, a liga saudita passará a contar com seis dos dez jogadores com maiores salários do mundo — embora a liderança ainda esteja com um jogador que atue na Europa. Ainda com destino indefinido no PSG, Kylian Mbappé é o jogador que recebe a maior quantia: 93 milhões de euros (mais de R$ 485 milhões).
Logo em seguida, no entanto, já aparecem atletas da liga árabe, como Cristiano Ronaldo, do Al-Nassr, sendo o mais bem remunerado (75 milhões de euros, ou R$ 391 milhões), mesmo valor pago a Karim Benzema, do Al-Ittihad. Jordan Henderson, que assinou recentemente com o Al Ettifaq após deixar o Liverpool, vem em seguida, recebendo 41,5 milhões de euros.
Todos estes recebem mais que Lionel Messi, que também acaba de assinar um novo contrato, com o Inter Miami, dos Estados Unidos. O argentino ganha cerca de 35 milhões de euros. Neymar — com 30 milhões de euros mensais — aparece apenas na sétima colocação da lista, ficando atrás também de Marcelo Brozovic, do Al-Nassr, que ganha 33 milhões.
Haaland, do Manchester City, é outro “europeu” na lista. O norueguês recebe cerca de 30 milhões de euros, o mesmo que Riyad Mahrez, que acabou de assinar contrato com o Al-Ahli. Kanté fecha o top-10, recebendo 25 milhões em seu contrato com o Al-Ittihad.
Altos investimentos
Somente o Al-Hilal investiu cerca de 128 milhões na aquisição de suas três contratações até o momento. O clube embolsou 55 milhões de euros para tirar o meia Rúben Neves do Wolverhampton, da Inglaterra, maior contratação da liga até o momento. O clube, dirigido por Jorge Jesus, também investiu outros 40 milhões de euros no meia sérvio Sergej Milinković-Savić, contratado junto a Lazio.
O restante, 23 milhões, foram pagos pelo zagueiro do Chelsea Kalidou Koulibaly. Os valores investidos são uma resposta ao resultado da campanha do time na temporada passada, quando o Al-Hilal terminou apenas na terceira colocação da liga local e perdeu a final da Liga dos Campeões da Ásia para o Urawa Reds, do Japão.
Em segundo lugar na lista dos que mais gastaram está o Al-Nassr. Após conseguir convencer o astro português Cristiano Ronaldo a embarcar no projeto árabe, no início desse ano, o time voltou a investir nessa janela, pagando 25 milhões de euros para tirar o meia francês Seko Fofana do Lens.
O time ainda contratou o meia croata Marcelo Brozovic, destaque da Inter de Milão vice-campeã da Liga dos Campões, por 18 milhões de euros, e o brasileiro Alex Telles, que deixou o Manchester United por 7 milhões de euros. O maior sonho do clube, que será dirigido pelo português Luis Castro, é o atacante Kylian Mbappé, por quem teria feito uma oferta de 1,57 bilhão de reais.
Outro que investiu pesado na janela foi o Al-Ittihad. Atual campeão saudita, o time pagou 29,1 milhões de euros ao Celtic, da Escócia, pelo jovem atacante português Jota. A equipe, no entanto, foi bem na atuação no mercado e conseguiu assinar de graça com N’Golo Kanté e Karim Benzema sem custos, após os dois terem seus contratos encerrados, com Chelsea e Real Madrid, respectivamente.
Vindo de uma disputa da segunda divisão local no ano passado, o Al-Ahli conseguiu assinar com o brasileiro Roberto Firmino sem custos, após o jogador encerrar seu contrato com o Liverpool. O Al-Ahli também desembolsou cerca de 18,5 milhões de euros para contratar o goleiro Edouard Mendy, do Chelsea, outros 30 milhões por Riyad Mahrez.
Além dos nomes já confirmados, há também uma série de jogadores especulados, como o do brasileiro Fabinho, que teria recebido proposta do Al-Ittihad. Thiago Alcântara também teria recebido ofertas. Nomes como Luka Modric (procurado por um clube que não foi revelado), porém, recusaram as cifras e decidiram seguir carreira na Europa — ao menos por enquanto.