CPI DO 8 DE JANEIRO

Ex-diretor da Abin afirma que GDias recebeu alertas sobre atos via WhatsApp

Saulo Moura Cunha afirma que planilha que continha a informação foi arquivada por determinação do próprio ex-ministro do GSI

O oficial de Inteligência Saulo Moura da Cunha foi nomeado diretor adjunto da Abin 1º de janeiro - Reprodução

O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura Cunha afirmou à CPI do 8 de Janeiro que mandou alertas por WhatsApp para o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, sobre a possibilidade de uma ação extremista como a que de fato acabou ocorrendo.

De acordo com Cunha, que estava à frente da Abin quando a ação extremista ocorreu, o registro de que GDias havia recebido os alertas chegou a ser formalizado em uma planilha. Depois, este documento foi arquivado, por ordem do próprio GDias, segundo o ex-diretor da Abin.

— Fiz os dois relatórios. O primeiro numa planilha que continha os alertas encaminhados pela Abin a grupos e continha também os alertas encaminhados por mim pessoalmente, do meu telefone, ao ministro-chefe do GSI. Entreguei essa planilha ao ministro, e ele determinou que fosse retirado o nome dele dali, porque não era o destinatário oficial daquelas mensagens. Que ali fosse mantido apenas as mensagens encaminhadas para os grupos de WhatsApp. Ele determinou que fosse feito, eu obedeci a ordem