Renan Filho é o terceiro ministro de Lula a devolver presente dado pelo governo saudita
Os itens foram entregues pelo ministro de Investimentos do país árabe, Khalid Al-Falih
O ministro dos Transportes, Renan Filho, informou que também vai devolver um presente dado pela comitiva da Arábia Saudita que esteve no Brasil nesta semana. Com isso, ele será o terceiro integrante da alta cúpula do governo Lula a abrir mão de itens entregues por representantes sauditas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin receberam réplicas de animais feitos com pedras preciosas e ouro, mas as devolveram.
Os itens foram entregues pelo ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih. Os três ministros de Lula participaram de eventos em São Paulo com a comitiva, quando os presentes foram dados.
No caso de Renan Filho, uma espécie de bule foi recebido pelo titular dos Transportes nesta segunda-feira, em evento na sede da XP Investimentos. A assessoria do ministro, porém, não soube precisar o material do qual o item é feito nem o valor estimado.
Ainda durante a visita da comitiva, Haddad foi agraciado com uma onça de ouro, enquanto Alckmin recebeu um camelo feito com metais preciosos.
A assessoria da pasta informou que Renan Filho ainda está em São Paulo, e a devolução do bule vai ocorrer quando o ministro retornar a Brasília. Lá, o presente deverá passar por avaliação da assessoria internacional do Ministério dos Transportes, que deverá entrar em contato com a Embaixada da Arábia Saudita na capital brasileira para que o objeto seja entregue.
Nesta segunda, O Globo informou que a onça de ouro recebida por Haddad será devolvida à embaixada da Arábia Saudita em Brasília e incorporada ao patrimônio da União, devido ao alto valor do presente. Caso o governo saudita queira reenviar o presente, será necessário que sejam cumpridos os trâmites exigidos pela legislação brasileira.
Já o camelo dado a Alckmin, de acordo com a assessoria da Vice-Presidência da República, foi devolvido no início da noite de segunda-feira, "por vontade e orientação" do vice-presidente.