CASO DANIEL ALVES

Daniel Alves: laudo diz que vítima sofre "estresse pós-traumático severo"

Exame feito por médicos forenses é uma das evidências que a juíza responsável pelo caso expõe na acusação contra o ex-jogador brasileiro

Daniel Alves aguarda julgamento após acusação de estupro - Reprodução

Os médicos forenses que examinaram a mulher que acusa Daniel Alves de estupro concluíram que ela sofre de "estresse pós-traumático" de "intensidade globalmente alta". O exame foi realizado em junho e o laudo, divulgado nesta segunda-feira, também aponta que o problema pode estar "significativamente" relacionado com os fatos denunciados pela jovem.

O laudo médico é uma das evidências que a juíza responsável pelo caso expõe na acusação. O documento diz ainda que a situação em que a jovem se encontra provoca uma "repercussão funcional e deterioração em várias áreas do funcionamento". E sugere que há a possibilidade dessas questões estarem ligadas ao que vítima passou dentro da boate Sutton, em dezembro do ano passado.

A magistrada autorizou o exame psicológico em junho. De acordo com o jornal El Periódico, primeiro foi realizado um teste e depois uma série de perguntas. A magistrada permitiu que o psiquiatra que trata a jovem desde que ela sofreu o suposto estupro pudesse acompanhá-la no exame.
 

Depois de mais de sete meses preso em Barcelona, Daniel Alves foi acusado de agressão sexual. Ainda não há data para o julgamento do ex-jogador, preso desde 20 de janeiro, que terá uma audiência nesta quarta-feira, dia 2 de agosto, com a juíza do caso e terá sua última chance de se manifestar sobre as acusações.

A Justiça da Catalunha concluiu as investigações apontando que há indícios que ele cometeu o crime. Caso seja condenado, Daniel Alves terá que pagar um valor de 150 mil euros (cerca de R$ 780 mil, na cotação atual) por danos morais e psicológicos à vitima.

O brasileiro continuará preso até o final do julgamento, que deve ocorrer até o início de 2024, quando a decisão será pela condenação ou absolvição. A imprensa espanhola avalia que, caso seja condenado, a acusação deve pedir 10 anos de prisão como pena.