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Haddad diz que Banco Central "certamente" começará a reduzir juros nesta quarta-feira (2)

Comitê de Política Monetária (Copom) - com o presidente do BC e oito diretores - está reunido durante o dia para definir a nova taxa, atualmente em 13,75%

Fernando Haddad - Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, definiu nesta quarta-feira como certa a redução da taxa básica de juros, a Selic, que será anunciada pelo Banco Central (BC) no fim do dia. O Comitê de Política Monetária (Copom), formado pelo presidente do BC e mais oito diretores, está reunido durante o dia para deliberar sobre a nova taxa, estacionada há um ano em 13,75%.

— Temos um espaço importante para a queda da taxa básica e, quando cai a taxa básica de juros, o que certamente vai começar a acontecer hoje, você vai ter uma perspectiva de diminuição dos juros futuros, o que implica que as empresas vão começar a captar mais barato e, ao final, isso vai acabar chegando no consumidor.

A expectativa do mercado é de redução dos juros. Há divergência, porém, quanto à magnitude do corte: se será de 0,25 ponto percentual ou 0,5 ponto percentual. Caso a redução da Selic se confirme, será a primeira queda da taxa em três anos.

Rotativo no cartão de crédito
O ministro também classificou a taxa de juros no rotativo do cartão de crédito como ‘vergonhosa’ e disse que a solução virá até o fim do ano. O governo negocia com bancos uma queda dessa taxa, mas as instituições têm resistido.

Dados do Banco Central divulgados na quinta-feira passada mostram que a taxa média de juros no cartão de crédito rotativo atingiu o patamar de 437,25% em junho, queda em relação ao mês anterior, que estava na casa de 453% ao ano. Ainda assim, é considerada muito alta.
 

A modalidade é oferecida ao consumidor quando não há o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento.

— O crédito rotativo é o maior problema de juros do país. Você entra em uma roda, da qual não consegue sair. É um problema grave para as famílias brasileiras (...) É uma vergonha. Vamos tomar providência, tem um grupo de trabalho e temos que envolver os lojistas. Estamos com objetivo de este ano dar uma solução final para esse problema — disse Haddad.