Copom

Em dia de Copom, Campos Neto defende autonomia financeira para o Banco Central

Desde 2021 o BC encontra amparo legal para que os diretores e o seu chefe atuem sem interferência política nas decisões operacionais

Presidente Roberto Campos Neto, em coletiva de imprensa - Raphael Ribeiro/BCB

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta quarta-feira uma ampliação da autonomia da instituição. Desde 2021 o BC encontra amparo legal para que os diretores e o seu chefe atuem sem interferência política nas decisões operacionais, incluindo o direcionamento da taxa de juros.

O atual mandatário, Campos Neto, defende também uma ampliação da autonomia financeira (como a capacidade auto-elaboração do próprio orçamento) e a autonomia administrativa (como a auto-organização de concursos para provimento de cargos).

— Hoje, depois de algum tempo a frente do Banco Central, eu vejo a dificuldade que é ter autonomia operacional, sem ter autonomia administrativa e financeira — disse o presidente do BC, ao participar nesta quarta-feira de uma sessão solene na Câmara, em homenagem ao 106º aniversário do economista e ex-deputado federal Roberto de Oliveira Campos, avô dele.

O maior provimento de cargos é uma demanda interna recorrente no Banco Central. Hoje, o ministro da Fazenda lembrou que o próprio presidente Roberto Campos “fez chegar” ao governo a “necessidade de um suporte” para a instituição. O governo, mais recentemente, já autorizou o concurso para 100 vagas de analistas para o BC.

A solenidade de hoje com a participação de Campos Neto, na Câmara, ocorreu no mesmo dia do novo anúncio sobre a taxa básica de juros - que ocorrerá no início da noite.

Em comum, os analistas do mercado financeiro têm a expectativa de redução na taxa atual de 13,75% ao ano. A dúvida é se o Banco Central (BC) fará um corte de 0,25 ou de 0,5 ponto percentual.