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'Finalmente o Banco Central fez o L', diz líder do governo no Congresso

Líderes no Senado avaliam que decisão pela queda de juros em meio ponto distensiona relação entre Campos Neto e governo

Senador Randolfe Rodrigues - Pedro França/Agência Senado

O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), comemorou a queda de 0,5 ponto na taxa Selic com a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Líderes avaliam que a decisão melhora o ambiente entre economia e política, com o distensionamento da relação entre BC, Planalto e Congresso.

— Finalmente o Banco Central fez o L, entrou no ritmo do país de melhora dos índices econômicos. Como a mesma mão que ataca, tem que ser a mão que afaga, tenho que agradecer ao presidente Campos Neto. Ele virá ao Senado em um ambiente muito melhor do que se tivesse reduzido em apenas 0,25% - disse Randolfe.

Questionado se a queda se deveu ao ambiente econômico ou à pressão política, Randolfe não tirou protagonismo de Lula.

— Combinação das duas coisas. Quem primeiro pautou esse tema foi o presidente da República.

O presidente do BC prestará esclarecimentos ao Senado no próximo dia 10, em audiência no plenário.

— Cria um clima mais ameno para a vinda de Campos Neto ao Senado. Ajuda a distensionar a relação entre Banco Central, Senado e governo para focarmos na recuperação econômica. Atende uma expectativa. Esperamos que possa ter uma continuidade da queda — disse o líder do União Brasil, Efraim Filho (PB)

O líder da maioria, Renan Calheiros (MDB-AL), lembra que as próximas quedas também são relevantes.

— Quanto mais resistência ele colocasse na queda de juros, mais ele iria complicar a situação dele aqui no Senado. O vai importante a tendência que vamos ter daqui para frente

Os elogios ao BC também foram feitos pela oposição.

— O Banco Central fez um pouso seguro na economia. O Brasil hoje comemora — disse a líder do PP, Tereza Cristina (MS)