BRASIL

Zanin toma posse no STF nesta quinta-feira diante de 350 convidados; veja como será a cerimônia

Novo ministro receberá os cumprimentos no salão branco da Corte; Celso de Mello não poderá comparecer

O advogado Cristiano Zanin e o presidente Lula - Ricardo Stuckert/Divulgação

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o advogado Cristiano Zanin toma posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (3) em uma cerimônia para 350 convidados, entre autoridades da República e pessoas da sua cota pessoal — a primeira grande solenidade para empossar um novo integrante da Corte desde o início da pandemia, em 2020.

Realizada no próprio Supremo, a sessão solene tem um rito próprio, protocolar, e não deve durar mais do que meia hora. Esta parte é realizada no plenário do tribunal, que já na quarta-feira se preparava para receber os convidados de Zanin. Cadeiras extra foram colocadas na sala, que conta com um recém-renovado carpete. A poucas horas do início da sessão, funcionários da limpeza davam os últimos retoques no local.

Na lista de convidados figuram, além dos ministros da Corte em exercício e aposentados, autoridades como presidentes da República, Câmara, Senado, e tribunais superiores. Uma das ausências já confirmadas será a do ministro aposentado Celso de Mello, que confirmou ao Globo que não poderá comparecer ao evento.

— Não tenho dúvida alguma de que o ministro Zanin, que dispõe de plena qualificação para ascender à Suprema Corte de nosso País, será um grande magistrado que muito engrandecerá o Supremo Tribunal Federal! — afirmou o ex-presidente do STF.

Além de Lula, estão confirmadas as presenças de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, do Senado.
 

Para acomodar todas as pessoas, algumas áreas do prédio principal do Supremo receberam telões e lugares reservados para os convidados. Como manda a tradição, um tapete vermelho será estendido nas duas entradas do edifício-sede, e os dragões da independência farão a segurança simbólica do Supremo. Como há a previsão de que Lula participe da posse, a segurança de fato da Corte foi reforçada e contará com a presença dos integrantes da comitiva presidencial.

Às vésperas da posse, o gabinete do novo ministro passava pelos últimos ajustes para recebê-lo. Uma equipe da manutenção do Supremo ficou ao longo do dia fazendo reparos e a placa que levará o nome de Zanin havia sido retirada da porta e só será recolocada nesta quinta-feira, já com o nome do ocupante.

Depois de passar pelo rito protocolar, Zanin receberá os cumprimentos no salão branco, onde está localizada a galeria dos presidentes da Corte. Ele estará acompanhado da esposa, Valeska Teixeira Martins, e dos três filhos. No STF, serão servidos apenas água e café, sem serviço de buffet.

Só depois desta etapa, que pode durar até duas horas, é que ocorrerá jantar oferecido pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB).

Com ingressos à venda por R$ 500, a festa em comemoração à ocasião virou uma disputada corrida por convites, inclusive com queixas por parte de integrantes de Cortes superiores que não foram chamados — como mostrou O GLOBO nesta quarta-feira.

O jantar ocorrerá em uma requintada casa de festas de Brasília, às margens do Lago Paranoá. No site do local, o espaço é descrito como tendo mais de 3 mil metros quadrados e três diferentes salões.

A seleta lista de convidados foi elaborada pelo futuro ministro, embora toda a logística esteja sendo conduzida pela AMB. Por isso, a exclusividade do evento tornou-se ainda maior e motivo de disputa entre advogados e magistrados.

Marcada para começar às 16h, a sessão solene acontece, como é praxe, sem discursos. O ritual será iniciado pela presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, que abre a solenidade. Em seguida, haverá execução do Hino Nacional brasileiro.

Marcada para começar às 16h, a sessão solene tem duração prevista de 15 minutos e acontece, como é praxe, sem discursos. O ritual será iniciado pela presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, que abre a solenidade. Em seguida, haverá execução do Hino Nacional brasileiro.

Aos 47 anos, Zanin teve o seu nome aprovado pelo Senado em junho por 58 votos a 18. Ele foi indicado pelo presidente Lula para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.