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Dirigente é acusada de abuso, nepotismo e difamação após atleta fazer pior tempo nos 100m rasos

Ministro dos Esportes do país afirma não existir registro de qualquer federação desportiva universitária somali

Atleta somali chegou mais de 10 segundos depois das concorrentes nos 100m rasos - Reprodução/Twitter

O ministro dos Esportes da Somália acusou a líder nacional do atletismo de ridicularizar o país depois de escalar um representante da Somália "nem atleta nem corredora" que ficou muito atrás das concorrentes nos 100 metros rasos dos Jogos Universitários, na terça-feira (1°).

Em um vídeo que viralizou na internet, a jovem, usando véu e calça e identificada pelo ministério como Nasra Abukar Ali, cruzou a linha de chegada mais de 10 segundos depois da vencedora, gerando piadas e indignação entre os somalis nas redes sociais.

A representante somali "não é atleta nem corredora" e não existe de fato nenhuma "federação desportiva universitária somali registrada", escreveu o ministro da Juventude e Desportos, Mohamed Barre Mohamud, numa carta datada desta quarta-feira e dirigida ao comité olímpico somali nacional.



"Khadijo Aden Dahir, presidente da Federação de Atletismo da Somália, cometeu atos de abuso de poder, nepotismo e difamação do nome da nação no cenário internacional", escreve ele, pedindo a suspensão do líder. "O Ministério da Juventude e Desportos declara veementemente a sua intenção de iniciar ações legais".

Nas redes sociais especulou-se que a atleta seria membro da família de Khadijo Aden Dahir, o que corresponderia à acusação de "nepotismo" lançada pelo ministro dos Desportos.

A Somália foi a última de 180 nações no índice de corrupção da ONG Transparência Internacional em 2022.