Lula afirma que não tem pressa para fazer reforma ministerial e que trocas ainda não estão definidas
Presidente participa na semana que vem em Belém (PA) da Cúpula da Amazônia, com líderes de oito que tenham parte da floresta em seu território
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que não tem pressa para finalizar a reforma ministerial e que ainda não está definido quais ministérios serão trocados. Lula tenta acomodar partidos do Centrão — como PP e Republicanos — para ampliar a base de apoio do governo no Congresso Nacional.
Em entrevista à rádios da Amazônia, Lula ainda afirmou que a troca de ministros "não pode ser vista como uma coisa absurda, como uma coisa menor".
"A troca de ministro não pode ser vista como uma coisa absurda, como uma coisa menor. É uma coisa muito importante, nós temos partidos importantes que querem participar do governo, que querem fazer parte da base do governo, então nós vamos conversar com esses partidos. Eu não estou com pressa, as pessoas sabem que eu vou fazer" afirmou, completando:
"É verdade que eu vou fazer mudança no ministério, mas é verdade que isso ainda não está definido por mim, aonde que eu vou mexer, que ministério eu vou entregar, que estado que vai ser beneficiado. Eu vou agora para o estado do Pará e quando eu voltar, semana que vem, eu vou então definir o que eu vou fazer no governo."
Cúpula da Amazônia
Lula afirmou que vai tentar "convencer" os líderes dos países que participarão da Cúpula da Amazônia na próxima semana a atuar de forma unida no combate ao crime organizado na fronteira.
Lula vai se reunir com líderes de oito países que tenham parte da floresta Amazônia em seu território, na próxima semana, em Belém (PA). O presidente afirmou que a ideia é "prepara uma proposta" única para a próxima COP.
"Vamos tentar convencer os nossos parceiros de que precisamos trabalhar de forma unida para combater o crime organizado, o narcotráfico e cuidar do nosso povo que mora na floresta" afirmou Lula em entrevista a rádios da Amazônia.
Lula também afirmou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, apresentou uma proposta para criar uma base da Polícia Federal em Manaus para atuar em todo território amazônico. O presidente afirmou ainda que a ideia é que haja atuação conjunta com as Forças Armadas e com os ministros da Defesa e polícias dos outros países.
"Flávio Dino apresentou uma proposta que vai ter uma base da PF em Manaus que vai ter uma atuação em todo o território Amazônico. A gente quer combinar com a participação das Forças Amadas, com a participação dos ministros da Defesa dos países vizinhos, e a gente quer combinar com as polícias dos outros países. Porque não é apenas a questão do tráfico, é a questão do crime organizado que tem tomado conta de muitas regiões da Amazônia. Vamos ser muito duro com isso."
Lula completou:
"Vamos fazer uma reunião com rodos os prefeitos das cidades amazônicas, vamos discutir uma política de combater tudo que for ilegal. Vamos colocar a PF com uma base central em Manaus para atuar em conjunto com todos outros estados, vamos fazer convênio com os países fronteiriços para que a gente possa combater o crime organizado, ao narcotráfico, ao garimpo ilegal, aos madeireiros ilegais."