Oficial que ajudava a burlar alistamento militar é preso na Ucrânia
Segundo a lei ucraniana, homens entre 18 e 60 anos são suscetíveis a serem recrutados e estão proibidos de deixar o território nacional
As autoridades ucranianas anticorrupção anunciaram, nesta quinta-feira (3), a detenção em Kiev de um oficial das Forças Armadas acusado de ter ajudado vários homens a burlar o alistamento militar, em plena invasão russa.
Segundo a lei ucraniana, homens entre 18 e 60 anos são suscetíveis a serem recrutados e estão proibidos de deixar o território nacional.
O Departamento de Investigação do Estado (DBR), órgão anticorrupção, anunciou nesta quinta-feira a prisão do chefe de um dos departamentos da sede das forças terrestres do exército ucraniano, que também ocupa o cargo de chefe de um dos departamentos militares da cidade de Kiev.
Ele é acusado de ter "organizado um sistema ilegal de passagem através da fronteira ucraniana de homens em idade militar", acrescentou a organização no Telegram.
Em troca de 10 mil dólares (48 mil reais na cotação atual), os homens que pretendiam fugir do serviço militar receberam documentos falsos que comprovavam a sua incapacidade para o mesmo, segundo a mesma fonte.
No início da invasão russa, o exército ucraniano viu um grande fluxo de voluntários para o combate, mas após 18 meses de guerra, as perdas forçaram o recurso crescente ao recrutamento obrigatório.