Guerra na Ucrânia

Relatório mostra que 81 bilionários russos financiam a guerra contra a Ucrânia, diz jornal

Desse total, apenas 14 são alvos de sanções ocidentais impostas por aliados dos ucranianos

Bilionário russo, Roman Abramovich - AFP

Um relatório feito pelo grupo de mídia independente russo "Proekt", e publicado pelo jornal francês "Le Figaro", indica que 81 bilionários russos financiam as iniciativas militares do país na invasão da Ucrânia. Desse total, apenas 14 são alvos de sanções ocidentais impostas por aliados dos ucranianos.

Entre os oligarcas há nomes de acionistas majoritários de megaempresas russas como a Gazprom e a Novatek, e também do ex-proprietário do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich.

Veja os principais nomes abaixo:

Gennadi Timtchenko, da empresa de gás Novatek;

Igor Rotenberg, herdeiro do bilionário Arkadi Rotenberg e acionista da Gazprom;

Yuri Kovaltchouk, do banco Rossia;

Viktor Vekselberg, co-proprietário da Rusal com Oleg Deripaska;

Roman Abramovich, do grupo de mineração Evraz.

A Rusal, segundo a reportagem, é responsável por fornecer pó de alumínio para o fabricante de mísseis Arkan. E a empresa de Abramovich fornece matérias-primas para fábricas de tanques e produtos químicos para fazer explosivos e produzir mísseis.
 

Apesar de financiar a guerra, Abramovich se ofereceu para liderar as negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia.

Ainda segundo a reportagem, empresas como a  Novatek e a Rusal também abastecem as frentes de guerra ajudando no recrutamento de "voluntários".

— Há muitos novos oligarcas entre essas empresas que se aproveitam da guerra para obter contratos estatais fornecendo equipamentos militares e outros — explica Vladislav Inozemstev, economista russo independente entrevistado pelo Le Figaro. — É uma nova tendência que se desenvolveu desde o início da guerra — acrescentou.