Mudança no FGTS preocupa Ministério das Cidades, que prevê impacto no Minha Casa, Minha Vida
Aliados do ministro Jader Filho citam preocupação com impacto da alteração no saque-aniversário do FGTS
A possibilidade de alterações no saque-aniversário do FGTS tem preocupado o Ministério das Cidades sobre o impacto da medida no Minha Casa, Minha Vida, já que o programa utiliza o FGTS como fundo de financiamento. Um volume grande de saques integrais poderia prejudicar o andamento de obras, de acordo com aliados do ministro Jader Filho.
O Ministério do Trabalho quer manter o saque-aniversário do FGTS, mas com a permissão de resgate completo do saldo da conta, em caso de demissão do trabalhador. Hoje, quem escolhe a modalidade, que permite saques periódicos enquanto o trabalhador está empregado, só tem acesso à multa rescisória de 40% do saldo em caso de demissão.
As sugestões de mudanças devem ser enviadas ao Congresso Nacional por meio de projeto de lei ainda no mês de agosto.
O Ministério das Cidades já procurou a Caixa para um levantamento do impacto caso ocorram retiradas em massa. O cálculo, porém, precisaria considerar trabalhadores demitidos nos últimos anos e que estejam no saque-aniversário. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ainda não procurou Jader Filho para discutir possíveis impactos da medida no Minha Casa Minha Vida.
Interlocutores de Jader Filho afirmam que o ministro já foi procurado pela Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), que reúne empresas que constróem empreendimentos voltados para o programa de baixa renda.
O programa prevê a entrega de até dois milhões de moradias em quatro anos de governo Lula, para três faixas de renda: faixa 1, contempla famílias com renda mensal de até R$ 2.640; faixa 2 para famílias com renda de até R$ 4.400 e faixa 3 para famílias com renda mensal até R$ 8.000.