MOBILIDADE

Greve dos metroviários: semana começa com grande fluxo nas estações do Metrô do Recife

Folha de Pernambuco percorreu as principais estações para mostrar a movimentação

Movimentação na Estação Recife no quinto dia da greve dos metroviários - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A semana começou com grande fluxo de passageiros do Metrô do Recife, nesta segunda-feira (7), quinto dia da greve dos metroviários. A reportagem percorreu as principais estações para mostrar a movimentação.

Localizada no bairro de São José, a Estação Central do Recife é uma das mais movimentadas. No total, o modal atende 180 mil pessoas, todos os dias. Uma delas é Ana Carina. Ela utiliza o metrô para deixar o filho na escola. A dona de casa mora no bairro dos Coelhos, no Centro do Recife, e ele estuda em Afogados, Zona Oeste.

A passageira conversou com a Folha de Pernambuco e disse ter percebido uma melhora, após a volta do funcionamento do sistema. “Eu ainda não vi ninguém reclamando. Eu peguei o metrô em Afogados. Assim que eu desci de um, já veio outro. Os dois lotados. Para muitos é difícil, mas para mim foi fácil pegar o metrô”, explicou.

Estação do Barro
Ao chegar na estação do Barro, Zona Oeste da capital, a reportagem encontrou os portões sendo fechados. Muitos passageiros foram pegos de surpresa, como o auxiliar de cozinha Jabson Alexandre. Ele voltava do trabalho, na Várzea, e precisou pegar um ônibus para chegar em casa.

“Eu cheguei aqui agora. É um absurdo. Eu larguei do trabalho cansado e fui pego de surpresa. Vou ter que pegar um ônibus. Olha a fila enorme. De metrô eu levo 20 minutos daqui pra casa, de ônibus isso vai para uma hora”, disse.

O TI Barro recebeu reforço de duas linhas pelo Grande Recife Consórcio de Transporte:

- TI Joana Bezerra / TI Afogados
- TI Barro / TI Jaboatão

Estação Jaboatão
Muitos passageiros tiveram que optar por um ônibus, na Estação Jaboatão, no Grande Recife. Vânia Maria, de 38 anos, foi uma delas. A passageira precisava chegar no bairro de Joana Bezerra para realizar uma consulta médica, mas o tempo estimado de viagem que ela planejava precisou ser triplicado pela falta do metrô.

“Muitos trabalham e não têm condições de pegar mais de um transporte. Atrapalha muita gente. Eu tenho que chegar às 13h, eu creio que eu vou chegar, porque tenho que fazer a minha diálise. Outras pessoas foram surpreendidas comigo. Os aplicativos de transportes estão caros demais. Nem isso dá para pegar”, pontuou.