SAÚDE

Joga golfe? Estudo aponta risco 2,4 vezes maior de desenvolver uma doença; saiba qual

Pesquisadores da Universidade do Sul da Austrália analisaram diagnósticos de mais de 300 atletas e 16 mil australianos

Golfistas precisam se proteger da exposição repetida ao sol - Pixabay

O protetor solar é o maior aliado de atletas que praticam esportes ao ar livre. Uma nova pesquisa realizada por cientistas da Universidade do Sul da Austrália, em Adelaide, descobriu que jogar golfe pode aumentar o risco de desenvolver câncer de pele.

Ao levar em consideração a idade, sexo, educação e tabagismo, os resultados mostraram que os golfistas australianos tem 2,4 vezes mais chances de contrair a doença do que outras pessoas que não jogam golfe. Os cientistas explicam que o risco aumentado se dá pela exposição repetida ao sol e não usar protetor solar suficiente.

A pesquisa contou com 336 jogadores e 16 mil australianos que não praticam o esporte, registrados na anual Pesquisa de Saúde Australiana. Dentre os resultados, publicados na revista BMJ Open Sport & Exercise Medicine, foi possível observar que apenas 7% do público geral apresentaram um diagnóstico de câncer.

Para o principal autor do estudo e professor da Universidade do Sul da Austrália, Brad Stenner, existe a possibilidade de que jogadores de golfe mais velhos tenham sido expostos aos raios ultravioleta (UV) nocivos do sol antes de começarem a jogar golfe. Mas os efeitos da exposição são cientificamente associadas ao desenvolvimento do câncer.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) considera o câncer de pele como o mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Segundo o Ministério da Saúde, para cada ano do triênio de 2023 a 2025 são estimados cerca de 220 mil novos casos, sendo mais recorrentes em mulheres.