Ameaças contra autoridades

Conselho Eleitoral do Equador denuncia ameaças de morte contra autoridades

A criminalidade no país dobrou a taxa de homicídios em 2022, quando a mesma chegou a 25 a cada 100 mil habitantes

Diana Atamaint, presidente da instituição - Rodrigo Buendia / AFP

Autoridades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador receberam ameaças de morte, em meio ao processo para as eleições gerais antecipadas do próximo dia 20, denunciou nesta segunda-feira (07) a presidente da instituição, Diana Atamaint.

"Pessoalmente, não recebi ameaças de morte. Esperamos que isso não aconteça, mas não poderia dizer o mesmo de outros conselheiros, que receberam", declarou Diana.

O Equador enfrenta, nos últimos anos, a violência ligada ao narcotráfico, que, durante o processo eleitoral, resultou na morte de um prefeito e um candidato a deputado, além de ameaças a um candidato à presidência.

Diana ressaltou que os funcionários públicos "estão expostos a essas circunstâncias, não apenas a receber ameaças, mas também à violência política", como insultos em redes sociais.

A criminalidade no país dobrou a taxa de homicídios em 2022, quando a mesma chegou a 25 a cada 100 mil habitantes, enquanto, até junho, era de 18 em 2023.

Com uma população de 18,3 milhões de habitantes, o Equador irá eleger um presidente, vice-presidente e os 137 parlamentares em 20 de agosto, depois que o presidente Guillermo Lasso, de direita, dissolveu a opositora Assembleia Nacional, em maio, para pôr fim à "crise política grave e comoção interna".

A dissolução, que deu lugar a eleições gerais antecipadas, ocorreu em meio a um julgamento político para destituir Lasso.