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Marcio Pochmann é nomeado como presidente do IBGE

Nomeação foi oficializada no Diário Oficial da União desta terça-feira (8)

Márcio Pochmann - Elza Fiúza/Agência Brasil

O governo federal oficializou nesta terça-feira a nomeação de Marcio Pochmann como presidente do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). A indicação teria sido uma escolha pessoal do presidente Lula e teria resistência dos ministérios da Fazenda e do Planejamento por ele ser da linha desenvolvimentista.

Na semana passada, Lula criticou a repercussão sobre a indicação de Pochmann e disse que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, já sabia de seu desejo sobre o nome para ocupar a presidência do órgão “há muito tempo”.

"Não é aceitável as pessoas tentarem criar uma imagem negativa de uma pessoa da qualificação do Marcio Pochmann, um dos grandes intelectuais desse país, extremamente preparado. Esse rapaz, eu escolhi, porque eu confio na capacidade intelectual dele. É uma pessoa exímia" avaliou Lula.

O IBGE é subordinado ao Ministério do Planejamento. Na semana passada, Tebet disse que a troca no IBGE vinha sendo discutida há 15 dias, mas que tinha acabado de saber que a decisão havia sido a escolha do economista. A ministra tentou minimizar o desconforto com a escolha, mas deixou claro que o nome foi uma surpresa:

"Nada mais justo que atender o presidente (Lula), independentemente do nome. Acataremos qualquer nome que venha. Agora eu sei o nome dele (Márcio Pochamn) e terei o maior prazer em atender ao presidente Lula. Não faço pré-julgamentos. A conversa será técnica, ele será muito bem-vindo"

O economista é o atual presidente do Instituto Lula. No governo da presidente Dilma Rousseff, Pochmann foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Pochmann é formado em ciências econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e, em 1993, tornou-se doutor pela Unicamp, onde dava aulas. O economista, de 61 anos, se aposentou em 2020, mas continuou atuante nos debates acadêmicos.

Entre as polêmicas em que esteve envolvido está o afastamento de pesquisadores do Ipea identificados com linhas de pensamento ortodoxas. Críticos dizem que ele os dispensou porque não se enquadravam na sua forma de pensar.