Streaming

Gal Gadot sobre "Agente Stone": "Há mais espaço para filmes de ação conduzidos por mulheres"

Ao lado dos colegas de elenco Jamie Dornan e Alia Bhatt, atriz israelense falou sobre seu novo filme na Netflix

Gal Gadot em "Agente Stone" - Netflix/Divulgação

Com sua Mulher-Maravilha, Gal Gadot provou a Hollywood que filmes de ação com protagonistas femininas podem, sim, ser um grande sucesso comercial. Ela, no entanto, não se contentou com a experiência como heroína da DC e vem se consolidando no gênero antes dominado pelos homens. “Agente Stone”, longa-metragem de espionagem que estreia na Netflix nesta sexta-feira (11), é mais uma mostra de que a atriz israelense está pronta para ocupar o posto de “rainha da pancadaria” no cinema. 

Gadot, que também assina como produtora do filme, esteve no Brasil em junho, durante o festival Tudum, da Netflix, para divulgar a produção. Ao lado dos colegas de elenco Jamie Dornan e Alia Bhatt, ela conversou com a Folha de Pernambuco e outros veículos de imprensa nacionais, em São Paulo, sobre os motivos que a levaram a estrelar “Agente Stone”. 

“Isso começou em 2017, quando eu e meu marido - que também é meu sócio - almoçamos com David Ellison e Dana Goldberg, que dirigem a Skydance [produtora do filme]. No final, eles me perguntaram no que eu gostaria de trabalhar em seguida e, então, eu disse que queria fazer um filme de ação conduzido por uma mulher. Depois do sucesso de ‘Mulher Maravilha’, percebi que há mais espaço para isso. Fomos realmente atrás disso e aqui estamos nós”, contou. 
 

Na trama dirigida por Tom Harper e co-escrita pela dupla Greg Rucka e Allison Schroeder, Gadot vive a espiã Rachel Stone. Integrante de uma organização secreta que busca manter a paz mundial, ela atua infiltrada na MI6, agência britânica de inteligência. Suas duas vidas se colidem quando uma tarefa é frustrada por uma hacker. Agora, ela precisava evitar que a criminosa roube um bem valioso e destrutivo. 

Como um filme de ação que se preze, “Agente Stone” conta com muitas cenas de explosões, perseguições e trocas de tiros, o que envolveu uma dose extra de dedicação dos atores. “Há mais ação nesse filme do que eu provavelmente estou acostumado. Estou um pouco preocupado com o fato de que, quando eu tiver 40 anos, talvez não consiga me movimentar”, brincou Jamie Dornan, ator irlandês astro da franquia “Cinquenta Tons de Cinza” e que neste longa vive o agente Parker, chefe da unidade de elite do MI6.

Segundo Gal, as cenas de ação exigiram meses de preparação. “Eles realmente nos pressionaram no que diz respeito à coreografia. A ideia era fazer com que a ação parecesse o mais real possível, como em ‘Duro de Matar”, quando você vê o Bruce Willis com todo o vidro nos ombros e pensa: ‘Oh meu Deus, não consigo ver isso’. Tivemos muita sorte de ter uma equipe de dublês incrível para nos apoiar e nos fazer parecer ainda melhores”, comentou.

O público também pode esperar por alguns “plot twists” (mudanças inesperadas na narrativa) ao longo do roteiro. Para Jamie Dornan, esse foi um dos grandes atrativos do seu personagem. “Há uma grande reviravolta que acontece com ele. Ao ler o filme, eu não esperava por isso, mas acho totalmente necessário em um filme como esse. De certa forma, você sempre pensa: será que podemos confiar nessa pessoa? Talvez não. Isso mantém você interessado, tentando adivinhar”, 

É difícil não comparar o novo filme da israelense com outras famosas produções focadas em agentes secretos. Gal confessou ser uma admiradora de títulos do gênero e afirmou ter visto todos de “007” quando criança. Seu primeiro teste como atriz, aliás, foi para viver uma “Bond girl”, mas ela acabou não conseguindo o papel. Além das histórias de James Bond, a estrela ainda aponta “Missão Impossível” e “ A Identidade Bourne” como referências. 

Estrela de Bollywood, a atriz indiana Alia Bhatt encara seu primeiro trabalho fora do seu País. No filme da Netflix, ela encarna Keya Dhawan, hacker que vira uma “pedra no sapato” da protagonista. Para além das sequências de pura adrenalina, a artista destacou o aprofundamento do lado humano dos personagens como um dos atrativos da produção. 

“Certa vez, um diretor me disse que a ação é como o edifício, mas a emoção é a base. Portanto, se você não estiver investido na jornada do personagem, a ação simplesmente desmorona. Para ser muito sincera, não sou uma grande fã de filmes de ação, mas adorei o filme, porque a emoção foi forte desde o início”, assegurou.