POSSE

TSE empossa primeira magistrada negra a integrar a Corte

Advogada Edilene Lobo é nomeada ministra substituta da classe dos juristas

Edilene Lobo toma posse como ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral - Antonio Augusto/Secom/TSE

Em solenidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , tomou posse nesta terça-feira (8) como ministra substituta da classe dos juristas a advogada Edilene Lobo. Ela é a primeira mulher negra a integrar a Corte. Na cerimônia reservada, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, comemorou a chegada da magistrada ao tribunal.

— Para mim é uma grande honra poder dar posse à primeira ministra negra da História do TSE. Nós todos conhecemos a competência, inteligência e trabalho da Edilene. Além disso, hoje ela se torna um símbolo de respeito à mulher negra — afirmou.

Lobo, que já atuou para o PT, foi nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho. Ela disputou a vaga com outras duas mulheres, e entra na vaga aberta com a posse de André Ramos Tavares como ministro titular.

Edilene Lobo é mineira, doutora em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A nova ministra substituta também é professora do curso de Direito da Universidade de Itaúna (MG). Além disso, Edilene também atua como docente convidada da pós-graduação em Direito Eleitoral da PUC Minas Virtual e é autora de livros e artigos jurídicos.

A solenidade da nova ministra foi acompanhada por integrantes do governo Lula, como o vice-presidente, Geraldo Alckmin, a ministra de Ciência e Tecnologia Luciana Santos, e do meio jurídico, como o ex-ministro do TSE Carlos Horbach e a ex-ministra Maria Claudia Bucchianeri. O advogado-geral da União, Jorge Messias, também compareceu à cerimônia.

Geralmente protocolar, a posse de Edilene foi concorrida e foi considerada um momento simbólico pelos presentes. Na sala reservada no segundo andar do TSE, lotada, também marcou presença a advogada Vera Lúcia Santana, que vem sendo cotada para a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).