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China tem deflação pela 1 ª vez em mais de dois anos

Índices que medem preços ao consumidor e ao produtor não caíam juntos desde novembro de 2020. Queda deve alimentar pedidos de mais estímulos do governo para a economia

Chineses almoçam em Zibo, na China - Qilai Shen/The New York Times

A China registrou deflação pela primeira vez em mais de dois anos, em um dos indicativos mais claros dos desafios enfrentados pelo governo para reanimar o consumo do país.

O índice de preços ao consumidor caiu 0,3% na comparação anual em julho. No mês anterior, os preços se mantiveram estáveis.

O índice de preços ao produtor, que mede a variação nos preços recebidos pelos produtores, caiu 4,4% em julho, o décimo recuo seguido.

É a primeira vez que tanto a inflação ao consumidor como a inflação ao produtor caem juntas desde novembro de 2020.

O governo chinês tem como meta uma taxa de inflação de 3% ao longo de 2023.

Os preços ao consumidor, que caíram pela última vez em fevereiro de 2021, estavam beirando a deflação há meses, desde que o ímpeto econômico da China não se recuperou com a força esperada após a suspensão das restrições à pandemia no início deste ano.

A mudança para a deflação deve alimentar pedidos de mais estímulos do governo em um momento em que os formuladores de políticas também enfrentam uma desaceleração do setor imobiliário e vendas fracas do comércio.

Dados divulgados nesta terça-feira mostraram que as exportações de julho caíram 14,5%, a queda mais acentuada desde o início da pandemia.

A economia da China cresceu 6,3% no segundo trimestre, mas ficou abaixo da previsões.