SAÚDE

Homem atingido por aparelho em academia no CE consegue sentar pela primeira vez após acidente

Regilânio da Silva Inácio, de 42 anos, passou por uma cirurgia e 'está otimista', segundo neurocirurgião ouvido pelo GLOBO

Homem atingido por aparelho em academia no CE consegue sentar pela primeira vez após acidente - Reprodução

Após ter sido atingido por um aparelho de musculação com mais de 150 kg na última sexta-feira, Regilânio da Silva Inácio, de 42 anos, passou por um procedimento cirúrgico e tem menos de 1% de chance de voltar a andar, conforme explicou o corpo médico do Hospital Santo Antônio, no Ceará. Nesta terça-feira, porém, o motorista de aplicativo conseguiu sentar pela primeira vez.

Ao Globo, Maria das Dores, irmã de Inácio, afirmou que a academia 220 FIT tem prestado “todo o suporte possível”, e que ajudou a família na cirurgia. Disse, também, que o quadro dele “não é fácil”, e que ele tem “sentido muitas dores”. Em nota, o estabelecimento disse que “de forma acidental, a máquina soltou-se” e caiu sobre o aluno. Disse, também, que o aparelho estava “em perfeito estado”.

— Os médicos contaram [a chance dele] antes da cirurgia. Se a gente ficou arrasado, imagina ele, um rapaz que trabalha, tem a vida ativa, vai para a academia, é motorista — disse a irmã. — Ele está estável, mas o quadro não é fácil. O médico disse que [as dores são] normais, porque ele passou por uma cirurgia difícil e demorada. Perdeu muito sangue — explicou Maria das Dores.

 
 
 
 
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Duas imagens de raio-x recebidas pelo GLOBO da família de Regilânio demonstram o sucesso da intervenção cirúrgica. A primeira, feita antes do procedimento, revela a coluna vertebral do paciente fraturada entre as vértebras T12 (fim da parte torácica) e L1 (início da parte lombar). Já na segunda imagem é possível verificar que a coluna vertebral do paciente voltou a ficar alinhada.

— O paciente está melhor, em recuperação. Já deu algumas movimentadas pelo hospital, inclusive nos corredores e banho de sol, e tem se alimentado sozinho. Está otimista, não precisa mais usar o colete — disse ao GLOBO o neurocirurgião José Correia Júnior, que participou da cirurgia. — Não temos previsão de alta ainda, mas podemos dizer que será nos próximos dias.