Ex-diretor da PRF preso: saiba quanto Silvinei Vasques recebe por mês de aposentadoria
Silvinei Vasques passou para a inatividade em dezembro de 2022, com medo de represálias pelo governo Lula
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso preventivamente nesta quarta-feira, pode ter a aposentadoria cassada caso seja comprovado que ele tentou dificultar a circulação de eleitores durante o segundo turno das eleições. A informação é do blog da jornalista Camila Bomfim no g1. O policial aposentado recebe pouco mais de R$ 18 mil brutos, de acordo com o Portal de Transparência.
Silvinei foi preso no âmbito de investigação da Polícia Federal sobre a obstrução de rodovias, sobretudo no Nordeste, no dia do segundo turno das eleições. A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que corre na Corte sobre o caso, alegando que ele poderia comprometer a apuração dos fatos.
O ex-diretor-geral ingressou na corporação em 2004, após passar em concurso público. Ele acompanhou a progressão de carreira da PRF até dezembro do ano passado, ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido de aposentadoria foi oficializado em 23 de dezembro, feito a toque de caixa para evitar represálias na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e penalizações em processos administrativos.
Na portaria que oficializa a aposentadoria, consta que ele entrou na inatividade pela regional de Santa Catarina, o que significa que ele foi removido de Brasília para outro estado. Em janeiro, Silvinei passou a receber a aposentadoria voluntária integral de R$ 16,5 mil brutos, chegando a pouco mais de R$ 12 mil retirando as deduções de previdência e do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Ele conseguiu se aposentar ganhando o mesmo salário da ativa, por ter ingressado no serviço público federal antes da reforma no modelo de aposentadorias e pensões do serviço público de 2003.
Em novembro passado, a Justiça Federal do Rio de Janeiro atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e tornou Silvinei réu por improbidade administrativa. De acordo com a denúncia do MPF, a conduta do diretor da PRF contribuiu para “o confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após divulgação do resultado”.