Itamaraty lamenta morte de candidato presidencial do Equador e chama atentado de "deplorável"
Ministério das Relações Exteriores também manifestou "confiança de que "os responsáveis serão identificados e levados à justiça"
O Ministério das Relações Exteriores lamentou, na noite desta quarta-feira, o assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio. Ele foi morto com três tiros na cabeça após deixar um comício no auditório de uma escola no norte da capital Quito. Na nota, o Itamaraty chamou o atentado de "deplorável" e manifesta "confiança de que "os responsáveis serão identificados e levados á justiça".
"O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, do assassinato, na tarde de hoje, 9 de agosto, em Quito, de Fernando Villavicencio, candidato às eleições presidenciais no Equador. Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos", diz a nota.
Fernando Villavicencio era candidato pelo Movimento Construye. Ele foi morto por volta das 18h20 do horário local (20h30 no horário de Brasília). Um dos suspeitos pelo crime foi morto durante tiroteio com a polícia, e a facção criminosa Los Lobos reivindicou a autoria do atentado.
Testemunhas disseram que ouviram rajadas de tiros e Villavicencio cair no chão gravemente ferido. Ele foi levado para atendimento médico imediatamente na Clínica da Mulher, um centro de saúde próximo ao local do atentado, mas não apresentava mais sinais de vida.
Segundo fontes próximas à campanha, ao menos oito pessoas ficaram feridas, sete delas foram hospitalizadas no mesmo local para onde Villavicencio foi levado. A Polícia Nacional montou uma operação para localizar os responsáveis pelo incidente. As ruas próximas foram fechadas.
Após o assassinato, presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou estado de exceção por 60 dias em todo o país. “
A partir deste momento, as Forças Armadas estão mobilizadas em todo o território nacional para garantir a segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e as eleições livres e democráticas de 20 de agosto”, disse Lasso em discurso transmitido no YouTube.
Em um comunicado conjunto com o presidente Lasso, divulgado também no YouTube, a chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, confirmou a manutenção da data das eleições gerais, em 20 de agosto. A decisão foi tomada após uma reunião do Gabinete de Segurança e altos funcionários de outro estado.
"A data das eleições marcadas para 20 de agosto permanece inalterada, em cumprimento ao mandato constitucional e legal", disse Atamaint.