Cinco meses após ataque de tubarão em Piedade, estudante participa de Paralimpíadas Escolares
Kayllane Freitas participou do levantamento de disco, peso e dardo
Competindo pela primeira vez nas Paralimpíadas Escolares, Kayllane Freitas disputou a competição apenas cinco meses depois de ter se recuperado de um ataque de tubarão. O evento realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), teve a cidade de Belém do Pará como sede, com provas de natação, atletismo e bocha.
Tragédia e volta por cima
Em março deste ano, Kaylanne foi submetida à amputação do braço esquerdo depois de ter sido atacada por um tubarão, na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. Quando iniciou o período de fisioterapia, a estudante conheceu o Centro de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro no Recife, localizado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e começou a frequentar as aulas de atletismo. “Eu me lembro de tudo do acidente. Cheguei a desmaiar. E, desde lá, achei que iria viver sem expectativa de vida. Achei que não iria poder fazer mais nada. Mas o atletismo me fez enxergar o mundo de um jeito novo”, afirmou.
Desempenho
Nas Paralimpíadas Escolares, Kaylanne participou das provas de lançamento de dardo (fez 10,02m), de disco (15,41m), e arremesso de peso (5,24m) pela classe F46 (para atletas com deficiência nos membros superiores). "Treinei e consegui bater a meta em todas provas aqui nos Escolares. Estou muito orgulhosa. Eu sei que estou no começo ainda", desabafou Kayllane.
Na disputa das Paralimpíadas Escolares participaram delegações de 10 estados (Pará, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Amapá). A delegação de Pernambuco encerrou a competição no terceiro lugar geral. Os paraenses ficaram na primeira colocação e a Paraíba em segundo.