Paris Hilton é criticada por passar férias de luxo na ilha de Maui, devastada pelo fogo no Havaí
Número de mortos chega a 96
Paris Hilton usou as redes sociais para pedir doações a um instituto de caridade do Havaí depois de ser fotografada passando férias de luxo com o marido na ilha de Maui, onde incêndios devastaram cidades e levaram à morte de pelo menos 96 pessoas.
A herdeira da rede de hotéis Hilton foi com o companheiro, Carter Reum, e o filho Phoenix até um resort em Wailea, a quase 50 quilômetros de Lahaina, devastada pelo fogo, apesar do apelo das autoridades para que os turistas ficassem longe.
O jornal "DailyMail" divulgou imagens que mostram Paris Hilton e o marido no local. Segundo o diário britânico, a família chegou à ilha de Maui na terça-feira, quando os incêndios já se espalhavam por Lahaina. No dia seguinte, a Autoridade de Turismo do Havaí (HTA) pediu aos turistas que deixassem Maui "enquanto os esforços de resgate e recuperação continuavam".
Não está claro quando Paris Hilton e os parentes deixaram a ilha nem quando as fotos foram tiradas. Nos últimos dias, ela compartilhou imagens de um passeio a bordo de um iate na Grécia. O "DailyMail" citou informações de uma fonte segundo quem Paris Hilton "está ajudando" moradores durante o desastre no Havaí.
"Maui sempre ocupou um lugar especial em seu coração. Ela tem reunido suprimentos e levado para abrigos e para aqueles que precisam. Ela já o fez e continua a fazê-lo", disse a fonte.
No Instagram, Hilton compartilhou duas postagens da Hawaii Community Foundation, que abriu um fundo para "fornecer recursos para apoiar os residentes de Maui".
Autoridades do Condado de Maui, no Havaí (EUA), informaram que o número confirmado de mortes nos incêndios que atingem a ilha subiu a 96. Em conjunto, é o mais letal nos Estados Unidos em mais de 100 anos. O chefe da polícia do condado de Maui, John Pelletier, explicou que menos de 10% das áreas afetadas pelos incêndios foi inspecionada com cães farejadores e que as chamas causaram tantos estragos que, até este domingo, apenas dois corpos encontrados tinham sido identificados.
Os incêndios, que começaram na madrugada de terça-feira da semana passada, afetaram ou destruiram mais de 2.200 estruturas no povoado costeiro de Lahaina, no oeste do Mauí, devastaram mais de 800 hectares em duas ilhas do arquipélago havaiano e obrigaram à retirada de milhares de pessoas, informou a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA). As perdas são estimadas em pelo menos US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões na cotação atual).
O rápido avanço dos fogos colocou em risco mais de 35 mil pessoas em várias localidades da ilha de Mauí, informou a Agência de Gestão de Emergências do Havaí. E as críticas à resposta das autoridades aumenta a cada dia. Os moradores reclamam inclusive da falta de alertas sobre o risco dos incêndios, que deixaram dezenas de pessoas presas em cidades turísticas da região.
"A montanha atrás de nós pegou fogo e ninguém nos avisava", reclamou Vilma Reed, de 63 anos.
A Procuradora-geral do Havaí, Anne Lopez, anunciou neste domingo a abertura de uma investigação sobre como a crise foi gerenciada, e prometeu "uma revisão exaustiva da tomada de decisões críticas e das políticas em vigor" na região.
Até prisão para quem tentar entrar em Lahaina
As autoridades de Mauí restringiram a entrada da cidade turística de Lahaina, duramente atingida pelos incêndios, e até mesmo o retorno de residentes às suas casas. A polícia anunciou pena de até um ano de prisão e multa de US$ 2 mil (R$ 9,9 mil, na cotação atual) "até que a área afetada seja declarada segura" para quem tentar burlar a medida.
As estradas que levam a Lahaina, pelo norte e pelo sul, estão bloqueadas e há longas filas de carros nos entornos da cidade com cidadãos interessados em conseguir notícias de seus entes queridos, seus animais de estimação e saber em que estado estão suas casas.