Soldado dos EUA entrou ilegalmente na Coreia do Norte
Em vez de embarcar em um avião para os Estados Unidos, no entanto, o soldado se juntou a uma visita turística
Um soldado americano que cruzou correndo a fronteira e entrou na Coreia do Norte em julho "admitiu que o fez ilegalmente", reportou, nesta quarta-feira (noite de terça, 15, no Brasil) a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Essa foi a primeira reação pública da Coreia do Norte ao caso do soldado Travis King, que, segundo a imprensa, tem 23 anos.
King deveria ter retornado aos Estados Unidos para enfrentar medidas disciplinares, após se envolver em uma briga em um bar, protagonizar uma discussão com a polícia e passar um breve período em uma prisão da Coreia do Sul.
Em vez de embarcar em um avião para os Estados Unidos, no entanto, o soldado se juntou a uma visita turística pela Zona Desmilitarizada que separa as duas Coreias e fugiu pela fronteira.
"Durante a investigação, Travis King confessou que havia decidido ir à Coreia do Norte porque se ressentia dos maus-tratos e da discriminação racial dentro do Exército americano", destacou a KCNA.
Os Estados Unidos não têm relações diplomáticas formais com a Coreia do Norte. Desde que os norte-coreanos fecharam suas fronteiras, no começo da pandemia, a maioria das embaixadas com presença em Pyongyang retirou seus diplomatas.