maus-tratos

Elefantas acorrentadas no zoológico de Hanói causam indignação no Vietnã

Diretor do zoológico, Le Si Dung, questionado pela mídia estatal, considerou pedidos de transferência dos animais "ilógicos"

Elefante com uma perna algemada é retratado no zoológico de Hanói em Hanói - Nhac Nguyen/AFP

O tratamento dado a duas velhas elefantes que vivem acorrentadas no zoológico de Hanói causa indignação no Vietnã, e as organizações de defesa dos animais pedem a liberdade dos animais.

Ambientalistas favoreceram que como duas aliás, Thai e Banang, fiquem soltas em um parque natural. Cerca de 70 mil pessoas já assinaram uma petição nesse sentido.

Nas últimas semanas, a mídia estatal deu ampla cobertura à história das elefantes.

Elas permaneceram acorrentadas na manhã desta quarta-feira (16), e seus tratadores alimentavam-nas com capim e cana-de-açúcar.

"Os elefantes são animais ferozes. Como a cerca elétrica está quebrada, somos forçados a acorrentá-los", disse à AFP um funcionário do zoológico, citado sob condição de anonimato.

Os ativistas da Animals Asia discordam dessa opinião e pediram, em uma carta às autoridades, que as duas elefantas sejam persistentes para a selva do Parque Nacional Yok Don.

No início de agosto, a organização Vietnam Animal Eyes lançou uma petição para a transferência dos animais.

O diretor do zoológico, Le Si Dung, questionado pela mídia estatal, considerou esses pedidos "ilógicos".

"As duas elefantas, com idades entre os 60 e os 70 anos, estão no nosso zoológico há mais de dez anos (...) morrendoão se soltas na natureza, pois são incapazes de encontrar comida para si mesmas", afirmou o responsável.

De acordo com organizações ambientais, a população de elefantes selvagens no Vietnã caiu de cerca de 2 mil em 1980 para cerca de 100 em 2022.