Futebol

Entre socos, tapas e xingamentos: relembre histórico de brigas entre jogadores do Flamengo

Clube coleciona momentos de confusão entre membros da própria equipe

Romário, Sávio e Edmundo - Reprodução/Internet

Mais uma briga no Ninho do Urubu. Na véspera de decidir a vaga na final da Copa do Brasil contra o Grêmio, nesta quarta-feira, o clube viveu um dia de ringue de luta.

O treino do Flamengo que antecede a semifinal do campeonato foi interrompido por uma confusão entre o meia Gerson e o lateral Varela. Os jogadores trocaram agressões e saíram no soco. O uruguaio teve uma pequena fratura no nariz e precisou ser encaminhado a um hospital na Barra da Tijuca.

A confusão acontece semanas após o episódio envolvendo o soco do preparador físico Pablo Fernández em Pedro. Mas, brigas no futebol e entre membros de uma mesma equipe são mais comuns do que se imagina. Algumas terminam em agressão física, como as duas últimas vividas no clube, outras são interrompidas antes disso. O próprio Flamengo já virou um palco tradicional para esse tipo de situação.

As brigas já registradas no Flamengo não escolhem fase. Ocorreram em campanha de título e, claro, também quando a fase é ruim. Mas, normalmente, envolvem jogadores. Relembre, abaixo, algumas delas.

Rhodolfo x Felipe Vizeu

Uma das brigas mais vivas na memória do torcedor foi entre o Rhodolfo e Felipe Vizeu, durante a vitória (3 a 0) sobre o Corinthians, pelo Brasileiro de 2017. Não apenas por ainda ser recente. Mas também pela forma que se deu, com um desentendimento inicial e seus desdobramentos.

Ainda no primeiro tempo, a dupla bateu boca por discordâncias em relação a posicionamento. Rhodolfo chegou a dar um soco nas costas do atacante. Em seguida, ambos encostaram a cabeça, como quem se desafia. O choque só parou quando veio a intervenção dos demais companheiros.

Pouco tempo depois, Vizeu marcou um gol e mostrou que ainda não havia esquecido o episódio. Ao comemorar, correu mostrando o dedo do meio para o zagueiro, que esbravejou aos colegas mais próximos: "Eu vou quebrar esse moleque lá dentro".

Apesar da ameaça, na volta do intervalo os dois já aparentavam estar mais calmos. Sem novos desentendimentos, deram entrevista após o jogo juntos e decretaram que a paz estava reestabelecida.

Ibson x Fabiano Eller

Novo desentendimento entre atletas durante uma partida. Só que, aqui, o time inteiro acabou sofrendo as consequências. Ibson e Fabiano Eller se xingaram e trocaram empurrões durante o empate em 1 a 1 com o Criciúma, pelo Brasileiro de 2004. Ao contrário do episódio de 2017, o árbitro puniu os atletas com o amarelo. Como cada um deles já havia recebido um cartão, acabaram expulsos.

Como consequência, o Flamengo ficou os últimos 10 minutos do jogo com dois homens a menos. O time se fechou e passou este tempo apenas se defendendo dos ataques do time catarinense, que ainda por cima jogava em casa. Os rubro-negros conseguiram segurar o rival e levaram um empate para casa.

Ronaldo x Leandro Machado

Durante um treino preparatório para jogo contra o Friburguense, pelo Carioca de 2000, Leandro Machado não gostou de uma entrada mais dura de Ronaldo e tentou acertá-lo com um chute. O zagueiro, claro, não gostou e cobrou satisfação.

Os dois trocaram tapas e empurrões e estragaram o ambiente do treino. Mas a briga não atrapalhou a campanha. Leandro Machado ganharia, mais à frente, a titularidade do ataque rubro-negro. E o time ainda acabaria campeão carioca daquele ano.

Romário x Sávio

Esta é uma das brigas mais famosas da história do Flamengo. Mesmo tendo ocorrido há 28 anos, não é esquecida até hoje. Num amistoso contra o Kashiwa Reysol, Romário deu um esporro em Sávio por causa de um passe errado. No intervalo, já sem imagens, ele teria acertado um chute no companheiro de ataque.

Sávio não reagiu, mas a história não acabou aí. Zico, ídolo máximo do Flamengo, chegou a ser procurado pelo sogro do atacante para entrar em cena. A diretoria, contudo, não aceitou a ajuda. Afirmou ao ex-jogador que o desentendimento já estava contornado.

Pouco depois, Sávio se apresentou à seleção brasileira. Lá, procurou passar panos quentes negando a agressão física.

"Não é verdade que o Romário tenha me batido. Se tivesse acontecido agressão, não ia ficar assim. Só quem encosta a mão em mim são meu pai e minha mãe, para quem eu dou essa liberdade. Se acontecer agressão, vou revidar.", disse o ex-atacante